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Economia

Brics terá 6 novos países a partir de janeiro de 2024; veja quais são

Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã e foram convidados a se unir ao grupo.

A cúpula do Brics, bloco composto por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, anunciou nesta quinta-feira (24) a ampliação de seus membros. Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã e foram convidados a se unir ao grupo. O anúncio foi feito pelo presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, durante coletiva de imprensa. 

“Decidimos convidar Argentina, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes para se tornarem membros permanentes do Brics. A nova composição passará a valer a partir de 1º de janeiro de 2024”, disse Ramaphosa. “Valorizamos o interesse de outros países em construir uma parceria com o Brics”, completou. 

Cúpula dos Brics em Johanesburgo 23/8/2023 REUTERS/Alet Pretorius

A expansão também pode abrir caminho para que dezenas de outros países procurem admissão ao Brics. A polarização geopolítica ligada à guerra na Ucrânia e ao declínio das relações da China com os Estados Unidos está estimulando os esforços de Pequim e Moscou para transformar o Brics em um contrapeso viável ao Ocidente.

Ramaphosa e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixaram a porta aberta para a possibilidade de admitir outros países no futuro. “Temos consenso sobre a primeira fase deste processo de expansão e outras fases se seguirão”, afirmou Ramaphosa em conferência de imprensa.

Em seu perfil nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – presente na proposta de criar o “Sul Global” a partir do conjunto de países em desenvolvimento anteriormente chamados de “Terceiro Mundo” – comentou a ampliação do bloco nas redes sociais.

“A relevância do Brics é confirmada pelo interesse crescente que outros países demonstram de adesão ao agrupamento. Como indicou o presidente Ramaphosa, é com satisfação que o Brasil dá as boas-vindas ao Brics à Arábia Saudita, à Argentina, ao Egito, aos Emirados Árabes Unidos, à Etiópia e ao Irã”. 

Luiz Inácio Lula da Silva, por redes sociais.

Uma expansão do grupo pode ajudar a aumentar seu peso global e contrariar o domínio do G7, que reúne os países ricos. A expansão deve aumentar a economia dos BRICS para 36% do PIB global em paridade de poder de compra e 46% da população mundial, disse Lula.

“Muitos alegavam que os BRICS seriam demasiado diferentes para forjar uma visão comum. A experiência, contudo, demonstra o contrário. Nossa diversidade fortalece a luta por uma nova ordem, que acomode a pluralidade econômica, geográfica e política do século XXI”, destacou Lula. 

Brics

Acordo sobre expansão do bloco

Na véspera, o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, adotou um documento que estabelece diretrizes e princípios para a expansão do bloco, disse a ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, nesta quarta-feira.

O debate sobre a expansão esteve no topo da agenda da cúpula de três dias que ocorreu em Johanesburgo. E, embora todos os membros do Brics tenham manifestado publicamente o seu apoio ao crescimento do bloco, havia divisões entre os líderes sobre quanto e com que rapidez.

Embora todos os membros do Brics tenham manifestado publicamente apoio ao crescimento do bloco, estão divididos sobre quanto e com que rapidez. Mais de 40 países manifestaram interesse em aderir ao Brics.

“Nós concordamos na questão da expansão. Temos um documento que adotamos que estabelece as diretrizes e os princípios, os processos para considerar os países que desejam se tornar membros do Brics”.

Pandor à Rádio Ubuntu, estação Do Ministério das Relações Exteriores da África do Sul.

“Esta expansão do número de membros é histórica”, disse o presidente da China, Xi Jinping, em comentários após o anúncio. “Isso mostra a determinação dos países do Brics na unidade e cooperação com os países em desenvolvimento mais amplamente.”

Mais de 40 países manifestaram interesse em aderir ao Brics, dizem autoridades ​​sul-africanas, e 22 pediram formalmente para serem admitidos.

‘Novo cenário’ na Argentina

Um “novo cenário” se abre para a Argentina com o convite ao país sul-americano para se juntar ao grupo Brics de nações em desenvolvimento, disse o presidente Alberto Fernández nesta quinta-feira.

Fernández acrescentou que a adesão ao bloco será uma “grande oportunidade” para fortalecer o país, que passa por crise econômica com uma moeda enfraquecida, reservas estrangeiras esgotadas e uma inflação em espiral.

*Com Agência Brasil e Reuters.

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