Os preços do petróleo subiram nesta quinta-feira (14) para o maior nível deste ano, uma vez que as expectativas de oferta mais restrita superaram as preocupações com o crescimento econômico mais fraco e o aumento dos estoques de petróleo dos Estados Unidos.
O petróleo Brent subiu US$ 1,82, ou 1,98%, para fechar a US$ 93,70, depois de tocar mais cedo 93,89 US$, o maior desde novembro de 2022.
O petróleo nos EUA (WTI) avançou US$ 1,64, ou 1,85%, para US$ 90,16, acima de US$ 90 pela primeira vez desde novembro.
Na quarta-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) disse que a extensão de cortes de produção de petróleo por Arábia Saudita e Rússia resultará em um déficit no mercado até o quarto trimestre. Os preços recuaram brevemente com um relatório baixista de estoques dos EUA, antes de retomarem a alta.
“O fato de esse relatório de estoques genuinamente pessimista ter levado apenas a uma breve tentação de venda diz muito e destaca a mentalidade do mercado”, disse Tamas Varga, da corretora de petróleo PVM.
Ambos os índices de referência caíram na quarta-feira, após um relatório de fornecimento dos EUA mostrar um aumento nos estoques de petróleo bruto e de produtos refinados.
Os fundos de hedge têm comprado futuros de petróleo bruto nas últimas duas ou três semanas, já que “os fundamentos continuam a se fortalecer, impulsionados principalmente pela forte demanda por gasolina e diesel”, disse Dennis Kissler, vice-presidente sênior de negociações da BOK Financial.
Um dia antes do relatório da AIE, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgou previsões atualizadas de uma procura sólida e também apontou para um défict de oferta em 2023 se os cortes de produção se mantiverem.
“O mercado está cada vez mais nervoso com a suficiência da oferta”
John Kilduff, sócio da Again Capital.
“A Rússia e a Arábia Saudita estão agindo de uma forma que pode restringir materialmente a oferta à medida que entramos na época de pico da procura no Hemisfério Norte, para o período de inverno”, acrescentou Kilduff.
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