O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,44% em julho na comparação com o mês anterior, segundo dado divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira (19). Em junho, o indicador teve alta de 0,63%.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 0,66%. No período acumulado de 12 meses, o IBC-BR registra alta de 3,12%, e de 3,21% no ano.
A prévia do PIB superou as estimativas do mercado. A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,3% no mês.
“O dado que o IBC-Br foi uma boa notícia, mostra que é possível que o PIB cresça no terceiro trimestre. Esse dado está em linha com a alta de serviços, que subiu 0,5%, e do varejo, que subiu 0,7%.”
paulo gala, economista-chefe do banco master
Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, acredita que o IBC-Br pode ser um indicativo de PIB melhor na próxima divulgação.
“Tivemos mais uma surpresa positiva na comparação mensal com os dados vindo acima do esperado. Na comparação anual, abaixo do esperado, mas o dado anterior foi revisado para cima. Isso mostra que a atividade econômica está bem forte, apesar dos juros altos.”
Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed
O economista Rafael Perez, da Suno Research, afirmou, em nota, que os dados têm revelado uma economia brasileira bem mais resiliente do desde o início do ano e essa tendência tem se sustentando nos últimos meses graças ao consumo das famílias, o mercado de trabalho aquecido, o setor de serviços e algumas atividades menos dependentes do crédito.
“Enxergamos um quadro de maior estabilidade da atividade até o final do ano, diante de uma indústria com problemas para se recuperar, um cenário global ainda bastante desafiador, o alto endividamento das famílias e os efeitos cumulativos da política monetária restritiva.”
rafael perez
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O que é o IBC-Br?
Conhecido como uma espécie de “prévia do BC” para o Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br serve como um termômetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
Na segunda-feira (18), o Ministério da Fazenda reiterou o otimismo e elevou a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 e a estimativa para a expansão da atividade em 2023 passou de 2,5% para 3,2%.
De acordo com o Boletim Macrofiscal atualizado, o aumento da projeção para a economia neste ano reflete principalmente o resultado do PIB no segundo trimestre, que cresceu 0,9% na margem e 3,4% na comparação interanual, deixando carregamento estatístico de 3,1% para o ano.
E o mercado financeiro também elevou a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do país de 2,64% para 2,89% para este ano.
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