*ARTIGO
A Coinbase, uma das principais corretoras de criptomoedas do mundo, anunciou que está adotando uma abordagem ousada para sua expansão internacional na qual identificou países que demonstram clareza regulatória no setor de criptomoedas como alvos prioritários para mirar no curto prazo.
Essa estratégia faz parte da Fase II do plano “Go Broad, Go Deep” da corretora, plano que se concentra em adquirir licenças, registros e fortalecer operações em mercados com regulamentos claros em vigor.
A Coinbase está acelerando sua expansão para fora dos Estados Unidos em resposta à necessidade de diretrizes regulatórias mais claras nos EUA, sobretudo após enfrentar desafios regulatórios no território americano, incluindo um processo da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA).
Assim, um exemplo dos países alvos da Coinbase é o Brasil, que já implementou o Marco Legal das Criptomoedas, estabelecendo uma base regulatória sólida para as atividades relacionadas ao setor. Porém, não é o único.
Outros mercados prioritários
Diversas regiões pelo mundo, principalmente os países membros do G20 — grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo — também são alvos de curto prazo da Coinbase.
“83% dos membros do G20 e dos principais centros financeiros fizeram progressos no sentido da clareza regulamentar para as criptomoedas”, menciona a publicação.
A fase II do “Go Broad, Go Deep” tem um foco significativo na União Europeia e Reino Unido. Em particular, esses locais são — muito — atraentes devido à sua abordagem regulatória mais progressiva em relação às criptomoedas.
Um exemplo claro é a adoção do regulamento de Mercados de Criptoativos (MiCA) pela União Europeia, já que a regulamentação proporciona clareza e orientação para empresas do setor de ativos digitais.
Além disso, a empresa tem o Canadá, Singapura, Japão, Hong Kong e Austrália como mercados prioritários. Cada um desses mercados tem suas próprias abordagens regulatórias e desafios. O Canadá, por exemplo, implementou um Compromisso de Pré-Registro (PRU). Para evitar qualquer outro entrave como o da SEC, a Coinbase já está trabalhando para se ajustar às normativas do país.
Planos além da expansão
A Coinbase não está apenas expandindo suas operações, mas também buscando estabelecer parcerias estratégicas em seus mercados-alvo.
A empresa planeja colaborar com bancos globais e locais, provedores de pagamento e outras instituições financeiras para expandir seus canais de conversão de criptomoedas para moedas fiduciarias. Essas parcerias são cruciais para oferecer uma experiência de usuário perfeita e facilitar a adoção dos ativos digitais.
Ainda conforme o divulgado, a corretora também planeja intensificar seus esforços de lobby e visibilidade, com um foco específico nas eleições para o Parlamento da União Europeia em junho de 2024.
Mas isso não é tudo. A Coinbase também disse que deseja se envolver com o G20 para criar padrões globais de regulamentação para criptomoedas — não à toa, o Brasil, que assume oficialmente a presidência do G20 em ainda este ano, é alvo de curto prazo da corretora.
“Começaremos a manter um scorecard sobre o progresso regulatório da criptomoeda em cada um desses países e jurisdições. A posse da presidência do G20 pelo Brasil em dezembro de 2023 representa uma oportunidade significativa para manter e ajudar a direcionar esse impulso”, diz a Coibase.
“A Coinbase foi lançada recentemente no Brasil e também no Canadá, e nosso cofundador e CEO Brian Armstrong visitará ambos os países no final deste ano para interagir com os principais tomadores de decisão e partes interessadas, à medida que nos envolvemos na agenda do G20 e fortalecemos nossa presença nas Américas.”
A expansão agressiva da corretora reflete a crescente importância das criptomoedas no cenário financeiro global e destaca o papel crítico que a regulamentação desempenha nesse processo.
*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.
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