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Economia

Dólar tem leve alta no retorno do Carnaval em reação a dados dos EUA

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar à vista fechou a quarta-feira pós-Carnaval no Brasil em leve alta, ajustando-se ao avanço firme da moeda norte-americana no exterior na véspera, na esteira da divulgação de uma inflação mais elevada que o esperado nos EUA.

Em uma sessão mais curta, iniciada às 13h em função da Quarta-Feira de Cinzas, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9727 reais na venda, em alta de 0,27%. Em fevereiro, a moeda acumula alta de 0,69%.

Na B3, às 17:11 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,40%, a 4,9805 reais.

Na terça-feira, com os mercados fechados no Brasil, o dólar teve alta firme ante uma cesta de moedas fortes e ante divisas de emergentes e exportadores de commodities no exterior. O movimento foi uma reação ao índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA em janeiro, que subiu 3,1% em base anual, acima dos 2,9% esperados por economistas do mercado.

A leitura foi de que, com a inflação ainda acelerada, o Federal Reserve começará a cortar juros apenas em junho — e não em maio, como vinha sendo precificado na semana passada, ou em março, como se projetava no fim de 2023.

Na manhã desta quarta-feira, o dólar perdeu um pouco de força no exterior ante outras moedas, mas ainda assim a divisa dos EUA abriu a sessão no Brasil, à tarde, ajustando-se em alta ante o real.

“Era de se esperar uma abertura em alta, depois que o (dólar) index subiu nestes dois dias (segunda e terça) cerca de 0,7%”, pontuou Matheus Massote, especialista de câmbio da One Investimentos.

“Hoje (quarta-feira), embora estejamos olhando para o index perdendo um pouco de valor, no fim das contas o que dita o preço do câmbio no Brasil é a inflação americana”, acrescentou.

Neste cenário, a queda do dólar index — que compara a moeda norte-americana a uma cesta de seis divisas fortes — nesta quarta-feira reduziu apenas em parte o ajuste de alta da divisa dos EUA no Brasil, motivado pelo CPI.

Numa sessão com horário reduzido e liquidez baixa, o dólar à vista oscilou entre a cotação máxima de 4,9712 reais (+0,24%) às 13h26 e a mínima de 4,9500 reais (-0,19%). Depois disso, a divisa retornou ao território positivo.

Às 17:11 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,14%, a 104,710.

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