Engatando forte valorização desde o último trimestre do ano passado, o bitcoin (BTC) ultrapassou a casa dos US$ 68 mil, valorizando 64% apenas em 2024. Como resultado, 100% dos endereços de blockchain que possuem BTC estão no lucro, segundo dados da plataforma IntoTheBlock.
Um endereço que contém bitcoin está “no lucro” quando a taxa de mercado atual do BTC está acima do custo médio de aquisição da criptomoeda no endereço.
Ainda de acordo com a IntoTheBlock, a taxa é a maior desde de novembro de 2021, reforçando as semelhanças entre o ciclo de alta daquele ano e o atual.
Por outro lado, como cada pessoa pode ter quantos endereços quiser, não é possível determinar quantos donos dos endereços efetivamente estão com lucros não realizados.
Essa alta está associada a dois fatores. O primeiro se refere ao sucesso dos ETFs de bitcoin à vista nos Estados Unidos, algo inédito até então. O segundo – e mais importante –, às expectativas em torno do próximo halving da criptomoeda, previsto para 19 de abril.
O bitcoin foi matematicamente pré-programado para que exista apenas 21 milhões de unidades. O halving é um evento que ocorre aproximadamente a cada quatro anos e resulta na redução em 50% da taxa de emissão de novas moedas na rede. Assim, torna a moeda mais escassa e, historicamente, precede novas máximas históricas do BTC.
Para se ter uma ideia, em 2012, o bitcoin experimentou um crescimento explosivo, valorizando 100x em relação à sua máxima anterior durante o halving. Quatro anos depois, em 2016, a moeda subiu 30x em relação à máxima anterior ao evento. Já, em 2020, a criptomoeda subiu 8x em relação à máxima anterior ao halving, onde atingiu seu pico histórico de 69 mil dólares.
‘Hodler’ de bitcoin
Outros dados da IntoTheBlock apontam que o número de ‘hodler’ de bitcoin merece atenção: há 35,79 milhões de endereços mantendo seus BTC há mais de um ano – ou seja, são investidores de longo prazo, sem venda da criptomoeda no período. Juntos, esses endereços detém 13,62 milhões de bitcoin do total de 19,65 milhões unidades emitidas até agora.
Em paralelo, o bitcoin está deixando as exchanges no ritmo mais rápido em anos à medida que beira sua máxima histórica de US$ 69 mil.
Segundo a publicação de James Van Straten, analista da CryptoSlate, na plataforma X, somente em 1º de março as retiradas de BTC das corretoras foram de cerca de US$ 2,3 bilhões, uma das maiores em 5 anos.
A saída de bitcoin das exchanges é um forte indicativo da expectativa de holder. Afinal, quando os investidores retiram BTCs das plataformas de negociação e optam por armazená-los em suas próprias carteiras, entende-se que confiam no potencial a longo prazo da maior criptomoeda do mercado.
Ao que tudo indica, os investidores holders compreendem a segurança da tecnologia descentralizada por trás do bitcoin e sua característica deflacionária; eles sabem que seu potencial de valorização a longo prazo, tal como o ouro, tende ao infinito.
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