Reagindo as estratégias do Banco Central, o dólar comercial fechou em queda nesta terça-feira (10). A Instituição Monetária realizou um novo leilão onde ofertou US$ 2 bilhões. A moeda americana encerrou o dia vendida a R$ 4,645, com queda de 1,69%. Na máxima do dia o dólar comercial chegou a R$ 4,692.
Já o Ibovespa teve a maior alta desde janeiro de 2009, subindo 7,14% aos 92.214 pontos. Os estímulos econômicos dos EUA frente ao coronavírus impactaram na recuperação do índice.
Após o cenário caótico na segunda-feira, os gestores das principais instituições financeiras tiveram dificuldade de acalmar os investidores e minimizar prejuízos nos portfólios. Ontem, as ações das empresas negociadas na B3 perderam R$ 432 bilhões em valor de mercado, segundo dados da Economática.
Segundo Juliana Inhasz, coordenadora do curso de Economia do Insper, a paciência é um ativo valioso: “É preciso esperar as coisas se acalmarem. Mas quem entrou na Bolsa na alta, só deve recuperar seu dinheiro no ano que vem.”
Destaques da Bolsa
Entre as ações mais negociadas do dia estavam as ações da Petrobras (PETR4), com alta de 9,41% para as ações preferencias da companhia cotadas a R$17,56. Já as ações ordinárias da petroleira (PETR3) eram vendidas a R$ 18,36 com alta de 8,51%. As ações da Vale (VALE3) também integravam as mais negociadas do pregão com alta de 18,45% cotadas a R$ 44,81.
As maiores altas do dia ficaram por conta da Via Varejo (VVAR3), que teve seus papéis vendidos a R$ 11,62 e alta de 21,29%. As ações da Vale (VALE3) também estavam entre as maiores altas do Ibovespa junto as ações da CCR (CCRO3) que subiam 17,32% cotadas a R$ 14,90.
Entre as maiores baixas do dia caíram: a Ambev (ABEV3) cotada a R$ 14,42 com baixa de 1,70%. Os papéis da IRB Brasil (IRBR3) negociados a R$ 13,70 com queda de 0,06%. Já as ações da Klabin (KLBN4) subiam 0,61% cotadas a R$ 19,71.
Bolsonaro em Miami
Durante sua visita a Florida, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que houve fraude eleitoral em 2018 e que é preciso tornar a contagem de votas mais segura.
Além dos ataques à Justiça eleitoral, Bolsonaro pressionou o Congresso afirmando que as manifestações do 15 de março podem não acontecer se os parlamentares aceitarem a sua proposta de repartição do orçamento. Onde R$ 30 bilhões seriam destinados a emendas dos deputados federais.
O presidente também minimizou os impactos do coronavírus alegando que esta seria uma ‘pequena crise’, uma ‘fantasia’ propaganda pela mídia mundial.