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Negócios

Safra compra comercializadora de energia e é mais um a apostar no mercado livre

Controlador do Banco Safra vai na direção de outras empresas como Vibra, Itaú e Vivo

A J. Safra Holding, controladora do Banco Safra, encaminhou a compra da Give Energia, uma comercializadora de energia em fase pré-operacional de propriedade da Ludfor Energia. O valor do negócio não foi divulgado. Procurado pelo InvestNews, o Safra não comentou.

Essa não é a primeira iniciativa dos Safra no setor de energia. A família também possui participação na Copérnico Energia, que atua na geração de energia elétrica solar, com usinas em Minas Gerais, São Paulo, Alagoas, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Sergipe, Paraná, Amazonas e Goiás.

Embora em fase pré-operacional, a Give já possui as autorizações e licenças necessárias para atuar como uma comercializadora de energia elétrica. A aposta em empresas que vendem energia diretamente ao consumidor passou a ser uma estratégia de grandes empresas desde a abertura parcial do mercado livre de energia no início deste ano.

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Desde janeiro, pequenas e médias empresas passaram a ter o direito de contratar a energia sem o intermédio das distribuidoras de energia (como Enel, Light e afins…), mais do que dobrando o número de consumidores que podem participar do mercado livre, que antes era restrito apenas às indústrias.

Até o início da próxima década, a ideia é que os consumidores em geral também possam fazer isso. Diante dessa perspectiva, empresas vêm se posicionando para surfar esse novo mercado.

A Comerc Energia, empresa que foi comprada recentemente pela Vibra por mais de R$ 7 bilhões, tornou-se parceira comercial do Itaú para oferecer aos clientes do banco a possibilidade de migrarem para o mercado livre de energia. Outro exemplo é a Auren, da família Votorantim, que criou uma joint venture com a Vivo, chamada GUD Energia, também para tocar a estratégia.

“Para o Grupo J. Safra, a operação representa a oportunidade de expandir a sua atuação para o setor de comercialização de energia elétrica”, justificou a holding, em documento enviado ao  Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que terá que dar aval ao negócio.

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