A Meta anunciou nesta quarta-feira (9) que está expandindo seu chatbot alimentado por IA para 21 novos locais, incluindo o Brasil, onde a gigante das redes sociais tem um grande número de usuários.
Meta AI, o chatbot da empresa, permite que os usuários conversem e recebam recomendações em seus aplicativos do Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger. A ferramenta também está disponível como assistente de voz nos óculos inteligentes e headsets de realidade mista.
Quase 500 milhões de pessoas usam o Meta AI todos os meses, disse o CEO Mark Zuckerberg no mês passado.
O Meta AI estará disponível a partir desta quarta no Brasil, Reino Unido e outros países da América Latina e Ásia, anunciou a empresa em um comunicado. Juntamente com a expansão, o chatbot também adicionará suporte para novos idiomas, incluindo Tagalo — a partir desta quarta-feira — e árabe e tailandês, em um “futuro próximo”.
O plano é expandir o serviço para 43 países e uma dúzia de idiomas, disse a empresa.
LEIA MAIS: Se o Mark Zuckerberg estiver certo, você vai trocar seu celular por estes óculos
Menos metaverso e mais IA
Desde o ano passado, Zuckerberg foca na adoção de inteligência artificial em seus produtos, uma estratégia que é creditada por algum crescimento recente de usuários e sucesso em publicidade.
O foco na IA, que requer investimento financeiro enorme em poder de computação, é uma mudança de direção em relação à atenção anterior da empresa no metaverso, um mundo virtual para trabalho e diversão.
A mudança agradou aos investidores, que fizeram as ações subir 67% este ano, em comparação com um aumento de 20% no S&P 500.
LEIA MAIS: Acredite se quiser: o ChatGPT vai ser sua melhor companheira de viagem
Obstáculos de regulação
A Meta também planejava lançar seu chatbot de IA na União Europeia neste ano, antes de enfrentar uma reação regulatória. O grande modelo de linguagem da empresa, chamado Llama, é treinado em parte usando postagens públicas no Facebook e Instagram.
Em junho, a Meta anunciou planos de começar a treinar o Llama em postagens de usuários europeus, mas apenas alguns dias depois disse que suspenderia esses planos indefinidamente após a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda contestar sua decisão. Na época, a Meta disse que ainda planejava levar o produto à Europa, mas se recusou a compartilhar um cronograma.
Um porta-voz da Meta disse que a empresa não tinha mais nada a compartilhar sobre seus planos de expandir o chatbot para a região.
LEIA MAIS: O rival do ChatGPT: como usar o Claude AI, da Anthropic
Os produtos da Meta enfrentaram desafios regulatórios na Europa devido ao tratamento de dados pessoais da empresa. Em julho, a UE advertiu a Meta que ela corria o risco de multas por fazer com que os europeus pagassem para bloquear seus dados no Instagram e Facebook de serem usados para anúncios. Na semana passada, o Tribunal de Justiça da UE ordenou que a Meta parasse de usar dados relacionados à sexualidade de uma pessoa para segmentação de anúncios.
Junto com a expansão do Meta AI em seus aplicativos, o chatbot também estará disponível nos óculos Ray-Ban Meta no Reino Unido e na Austrália.
Veja também
- Departamento de Justiça dos EUA pede que Google venda Chrome para desfazer monopólio
- A inteligência artificial ganha espaço nos escritórios de advocacia
- EUA pressionam e TSMC suspenderá produção de chips de IA para a China
- Intel perde espaço para a Nvidia também no índice Dow Jones e deixa indicador após 25 anos
- ChatGPT dá um salto, e ruma para tornar o Google de hoje obsoleto