O Bitcoin (BTC) inicia a semana mais uma vez lutando pelos US$ 100 mil, patamar considerado uma barreira para o mercado. Por volta das 11h (horário de Brasília), a moeda digital registrava alta de 0,3% no acumulado de 24 horas, cotada a US$ 97.758,48, segundo dados do CoinGecko.
A euforia que marcou o mercado de criptomoedas logo após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos levou a cotação do Bitcoin para bem perto dos US$ 100 mil. Mas, durante o fim de semana, a cotação perdeu força e voltou para US$ 95 mil, em um movimento que pode ser entendido como realização de lucros recentes – que nada mais é do que a venda de um ativo que passou por valorização pelos investidores que querem embolsar seu ganho.
Durante o fim de semana, as liquidações em criptomoedas chegaram a US$ 500,45 milhões, de acordo com a plataforma Coinglass. A liquidação ocorre quando o investidor decide vender o ativo que possui.
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O Bitcoin engatou uma forte alta nas últimas semanas após a eleição Trump. Além de sua posição pró-criptomoedas, o republicano fez diversas promessas de campanha que podem favorecer a indústria de moedas digitais durante sua gestão.
A última notícia que animou os investidores na semana passada e fez o Bitcoin superar US$ 99 mil, foi o pedido de demissão de Gary Gensler, atual presidente da Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, que deixará o cargo em janeiro.
Gensler é tido como um adversário do setor cripto. Ele processou diversas empresas e defende que praticamente todas as criptomoedas, com exceção do Bitcoin, são valores mobiliários não registrados.
Apesar da correção do fim de semana, analistas seguem otimistas de que o Bitcoin deve superar os US$ 100 mil em breve. “Continuamos a ver uma forte demanda por BTC juntamente com mais flexibilização da política monetária pelos bancos centrais globais, o que nos diz que os preços do Bitcoin provavelmente seguirão sustentados à medida que nos aproximamos do fim do ano”, disse a empresa cripto QCP Capital na sexta.
Já Jeff Mei, COO da exchange de criptomoedas BTSE, destacou o rali do Bitcoin e ressaltou que o movimento é liderado pelas compras de investidores institucionais, que deve voltar a ganhar força a partir de hoje. “Alcançar a marca de US$ 100 mil é muito provável nesta semana”, afirmou.
Por outro lado, há quem reforce que o nível de US$ 100 mil não será superado facilmente. “À medida que nos aproximamos de US$ 100 mil, a distorção volta para os níveis vistos apenas três vezes desde 2022. Embora isso não ameace o rali de médio prazo, sugere que a luta para ultrapassar o nível de US$ 100 mil pode ser intensa”, disse a empresa de corretagem cripto FalconX em relatório.
Depois da correção dos últimos dias, esta segunda-feira é marcada por alta em praticamente todo o mercado de critptomoedas. O Ethereum (ETH), segunda maior moeda digital em valor de mercado, sobe 4,8%, cotada a US$ 3.488,34.
Entre os destaques, a XRP, criptomoeda criada pela empresa Ripple, tem alta de 4,6%, a US$ 1,44, chegando a ganhos de mais de 29% no acumulado dos últimos sete dias.
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