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Finanças

Morning Call: estrangeiro acumula R$ 15 bilhões na B3 em janeiro e puxa IBOV

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

Sem receios da inflação ultrapassar a meta de 2% e do pacote de US$ 1,9 trilhão, anunciado ontem à noite por Biden, o suporte e liquidez do Federal Reserve garante que o fluxo deve continuar para países emergentes, ao menos até que o smart money decida que o Brasil não vale mais o risco, mas não é o caso até agora;

Hoje, os mercados amanhecem com cautela e realização após a apresentação do plano de estímulos de Biden contra covid e para a economia. Anunciado o plano, agora vem a negociação no Congresso, e financiá-lo pode trazer alta de impostos e deixa os investidores atentos para entender os impactos reais;

Além disso, o avanço da covid que traz novas medidas de restrições preocupa deste a Ásia até NY; Dow Jones futuro cai 0,29%, S&P 500 (-0,31%) e Nasdaq (-0,20%);

Na Europa, onde o Stoxx 600 recua 0,42%, petroleiras e mineradoras lideram as quedas; Há instantes, a bolsa de Frankfurt recuava 0,46%, Londres (-0,68%), Paris (-0,69%), Madri (-0,53%); Milão (+0,14%) e Lisboa (+0,22%) são exceções em alta no continente europeu;

Na Ásia, a cautela prevaleceu em Tóquio (-0,62%) e Seul (-2,03%); Xangai ficou estável (+0,01%), e Hong Kong avançou 0,41%;

No Brasil, enquanto o País sente o drama de Manaus, onde os pacientes (internados) estão morrendo por falta de oxigênio, os mercados se descolam da realidade e operam sustentados pelo fluxo forte do capital externo, que volta a puxar a bolsa e derruba o dólar. Estrangeiro acumula entrada de R$ 15,135 bilhões na B3 em janeiro.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

IBOV: por enquanto como mencionado no último pregão, a força compradora continua e o suporte imediato para respeitar estaria atualmente na faixa dos 122.000 pontos. Suporte mais forte em caso de um respiro por parte do mercado, seria em torno de 116.700. A região de resistência continua perto da faixa dos 128 mil pontos. 

Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):

O Ibovespa fechou em alta de +1,27% nesta quinta-feira (14) em meio às expectativas de que Joe Biden anuncie seu plano trilionário de estímulos para a economia americana. O discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, animou os mercados ao afirmar não ser “em breve” o momento de elevar as taxas de juros;

Ainda nos EUA, o processo de impeachment de Trump agora vai para o Senado. No entanto, mesmo que o processo se inicie nesta semana e avance rapidamente, é improvável que se chegue a um veredicto antes de o presidente deixar seu cargo;
Por fim, a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela Johnson & Johnson, teria se mostrado eficaz para imunizar as pessoas com apenas uma dose, de acordo com estudos;

No cenário corporativo, as ações BBAS3 tiveram mais um dia negativo. Enquanto Bradesco e Itaú subiram cerca de 3%, Banco do Brasil recuou 0,2%. As ações do banco estatal até ensaiaram uma recuperação após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ter saído em defesa de André Brandão, CEO do BB. Ele teria conseguido reverter a demissão do executivo, que irritou o presidente Jair Bolsonaro com o enxugamento de agências. No entanto, as ações viraram e fecharam em queda;

Do lado positivo, a notícia da vacina da Johnson & Johnson fez empresas como Embraer, Azul, Gol e CVC voltarem a figurar entre as maiores altas do Ibovespa;

Por último, o dólar fechou em R$ 5,21, mínima do ano. Além da expectativa pelo pacote de estímulos americano e a fala da Fed, há também uma expectativa de que o Banco Central brasileiro passe a adotar um viés altista de juros daqui para frente, o que fortalece o real frente à moeda norte-americana.

Indicadores
Brasil:
FGV: IGP-10 de janeiro (8h)
IBGE: vendas no varejo (9h)
BC leiloa até 16 mil contratos de swap (US$ 800 mi) (11h30)
EUA:
Antes da abertura, saem os balanços de JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup
Fed NY: atividade industrial Empire State de janeiro (10h30)
Deptº do Trabalho: PPI de dezembro (10h30)
Vendas no varejo em dezembro (10h30)
Fed: produção industrial de dezembro (11h15)
Baker Hughes: atividade de petróleo (15h)
Europa:
Zona do euro/Eurostat: balança comercial de novembro (7h)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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