Como funciona: a Méliuz vende opções de venda (puts) sobre o Bitcoin a um preço predefinido. A empresa reserva uma quantia em caixa para usar como garantia caso os compradores da opção decidam exercê-la, o que a obrigaria a comprar o Bitcoin.
Se o preço do Bitcoin cair abaixo do preço de exercício, a empresa compra o ativo a um preço potencialmente mais baixo e alinhado à sua política de acumulação. Caso a opção não seja exercida, a empresa fica com o prêmio pago pelo comprador e pode reinvesti-lo em novas aquisições de Bitcoin.
A iniciativa é inspirada em movimentos já vistos em empresas estrangeiras, como a japonesa Metaplanet, e marca a tentativa da Méliuz de se consolidar como uma “Bitcoin Treasury Company”. Em outras palavras, não se trata apenas de investir em cripto, mas de utilizar o ativo digital como ferramenta de gestão financeira, explorando o potencial do ativo digital de uma perspectiva corporativa e financeira, em vez de um produto para o consumidor final.
Desempenho das principais criptomoedas
O bitcoin (BTC) avança nesta sexta-feira (12), mas com ganhos limitados. Apesar das altas nos mercados, que seguem a expectativa de um corte nas taxas de juros pelo Federal Reserve na próxima semana, o BTC não conseguiu romper a marca dos US$ 120 mil. O avanço da criptomoeda foi contido por preocupações após a rejeição da Strategy no índice S&P 500, o que levantou dúvidas sobre a sustentabilidade de empresas que acumulam Bitcoin em seus balanços.
Altcoins também registram alta, com um apetite por risco mais amplo. As moedas menores seguem a tendência e se recuperam de semanas de perdas acentuadas.
Às 8h24, as principais criptomoedas operavam em alta; veja as cotações:
Bitcoin (BTC): +0,76%, US$ 114.925,46
Ethereum (ETH): +2,05%, US$ 4.516,04
XRP (XRP): +0,95%, US$ 3,04
BNB (BNB): +0,70%, US$ 906,78
Solana (SOL): +6,06%, US$ 238,85
Outros destaques do dia:
TRON (TRX): +0,85%, US$ 0,3487
Principais notícias do mercado cripto
JP Morgan: rejeição da Strategy acende alerta para cripto. A recusa do S&P 500 em incluir a Strategy em seu índice, mesmo após a empresa atender aos requisitos técnicos, foi interpretada pelo JPMorgan como um sinal de cautela em relação ao setor de criptomoedas. Em relatório, o banco afirma que a decisão reflete a resistência do mercado ante companhias que funcionam, na prática, como fundos de Bitcoin, e pode abrir espaço para que outros provedores de índices também repensem a inclusão de empresas com grandes posições em cripto. O alerta chega em um momento de queda no preço das ações ligadas a ativos digitais e menor apetite por emissões no mercado corporativo.
Mastercard amplia presença no setor cripto. A gigante dos pagamentos anunciou a plataforma Mastercard Move, que permitirá converter stablecoins diretamente em contas bancárias, além de firmar parcerias como a feita com a Chainlink para simplificar a compra de criptomoedas. A empresa também traçou a meta de tokenizar todas as transações de e-commerce até 2030, substituindo dados de cartões por códigos únicos para aumentar a segurança. Segundo executivos da companhia, a iniciativa reforça a estratégia de integrar criptoativos ao dia a dia dos clientes.
