O bitcoin começou outubro em forte recuperação, negociado perto de US$ 118,742 mil após avançar cerca de 1,91% nas últimas 24 horas. O movimento ganhou fôlego com a volta dos aportes institucionais em ETFs: depois de registrar saídas no fim de setembro, esses fundos tiveram entradas líquidas superiores a US$ 500 milhões, sinalizando retomada de confiança no mercado.

No cenário macro, o foco segue nos Estados Unidos. Dados mais fracos de emprego do setor privado reforçaram a visão de um mercado de trabalho em desaceleração, aumentando as apostas de novos cortes de juros pelo Federal Reserve. Taxas mais baixas costumam favorecer ativos de risco, como ações e criptomoedas, porque ampliam a liquidez e estimulam a busca por retornos maiores.

A paralisação parcial do governo americano, por sua vez, não abalou o humor dos investidores até agora. Pelo contrário, parte do mercado vê nesse impasse a chance de mais liquidez a médio prazo, caso os atrasos nos dados econômicos levem o Fed a agir com mais cautela.

O ambiente mais favorável também se apoia ainda no chamado “Uptober”, referência ao histórico positivo do bitcoin em outubro, quando a moeda já acumulou em média ganhos acima de 20%. Bancos como o Citi revisaram para cima suas projeções, agora vendo o bitcoin terminar 2025 a US$ 132 mil e, em um cenário mais otimista, alcançar até US$ 181 mil em 12 meses.

Veja as cotações das principais criptomoedas às 8h45:

Bitcoin (BTC):  + 1,89%, US$ 118.793,15

Ethereum (ETH): + 2,18%, US$ 4.389,65

XRP (XRP): +1,46%, US$ 2,98

BNB (BNB): + 2,33%, US$ 1.049,34

Solana (SOL): + 3,78%, US$ 225,65

Outros destaques do dia:

TRON (TRX): + 0,73%, US$ 0,3412

Principais notícias do setor cripto

Stablecoins batem recorde de uso, mas 70% das transações são de bots. As transações globais com stablecoins alcançaram US$ 15,6 trilhões no 3º trimestre de 2025, o maior volume já registrado, segundo relatório da exchange CEX.io. O estudo aponta que cerca de 71% das operações foram feitas por bots de negociação, enquanto apenas 20% refletem atividade orgânica de usuários. Apesar do domínio dos algoritmos, transferências de varejo abaixo de US$ 250 também atingiram recorde, indicando 2025 como o ano mais ativo para o uso cotidiano de stablecoins. Esses pequenos valores, que devem superar US$ 60 bilhões até dezembro, estão cada vez mais ligados a remessas, pagamentos e saques além das exchanges. Entre as moedas, o USDT da Tether liderou os fluxos líquidos no trimestre, seguido por USDC da Circle e USDe da Ethena.

Binance e Mastercard relançam cartão cripto no Brasil. A Binance, maior corretora global de criptomoedas, e a Mastercard anunciaram nesta quarta-feira (1º) o relançamento do Binance Card no Brasil. O produto permite que usuários realizem compras e saques em mais de 150 milhões de estabelecimentos credenciados à Mastercard, convertendo ativos como bitcoin, ether, BNB e stablecoins diretamente em moeda local no momento da transação. O cartão oferece até 2% de cashback e pode ser usado tanto em lojas físicas quanto online. O Brasil, quinto país no mundo em adoção de cripto segundo a Chainalysis, é considerado estratégico por essas empresas. Os clientes poderão escolher entre mais de 10 criptomoedas disponíveis no aplicativo para realizar pagamentos.