O bitcoin (BTC) deu um suspiro de esperança aos investidores no domingo (28), ao voltar a superar a marca psicológica dos US$ 90 mil. A animação, porém, durou pouco.

Na manhã desta segunda-feira (29), a maior criptomoeda do mercado perdeu fôlego e voltou a operar na faixa dos US$ 86 mil, segundo dados do gráfico do InvestNews.

O movimento acompanhou os futuros da Nasdaq, que recuam 0,37%. Nos últimos meses, o BTC tem mostrado maior correlação com o índice de tecnologia dos Estados Unidos – e menos com o ouro, ativo tradicionalmente visto como proteção.

“O gráfico de preços do bitcoin parece muito promissor para níveis mais altos no futuro, mas há menos certeza no curto prazo”, disse John Glover, diretor de investimentos da Ledn, ao portal especializado CoinDesk.

Segundo o especialista, o mercado tende a andar de lado ou até registrar uma leve correção nas próximas semanas ou meses.

As altcoins – termo usado para criptomoedas que não são o bitcoin – também operam em queda nesta manhã.

Veja as cotações das principais criptomoedas às 9h30:

Bitcoin (BTC):  -0,58%, US$ 86.991,24

Ethereum (ETH): -0,35%, US$ 2.930,70

XRP (XRP): -0,29%, US$ 1,87

BNB (BNB): -0,36%, US$ 851,69

Solana (SOL): -0,66%, US$ 123,70

Outros destaques do mercado cripto

Mineração de BTC avança no Brasil. A mineração de bitcoin – o motor que emite novas moedas – está encontrando terreno fértil no Brasil. Projetos já estão a todo vapor na Bahia, no Mato Grosso do Sul… Os motivos? Estados oferecendo vantagens tributárias e um empurrão do governo federal, que tem ajudado data centers. Uma combinação potente. Mas ainda tem um “porém” para resolver: essa atividade é voraz em energia e a regulação para isso no Brasil ainda é cinzenta.

DeFi de mãos dadas com mercado tradicional. Já ouviram falar das finanças descentralizadas (DeFi)? É o ecossistema de serviços financeiros que roda direto na blockchain, a tecnologia por trás das criptos. E adivinha? Aqui no Brasil, o DeFi tem caminhado para perto do mercado financeiro tradicional. Prova disso é que o volume dos Tokens de Investimento em Direitos Creditórios (os TIDC`s, como são conhecidos) já alcançou a marca de R$ 1 bilhão. Um sinal forte, né?

Cripto estatal com juros. O Yuan digital, a moeda do banco central da China, passou por uma repaginada. A cripto estatal deixará de funcionar apenas como “dinheiro digital” para se tornar uma “moeda de depósito digital” a partir de 1º de janeiro de 2026. Ou seja, vai pagar juros para quem segurar. O objetivo do governo do país é impulsionar a adoção da moeda governamental, que é uma das mais avançadas do mundo, mas ainda enfrenta desafios de popularização.

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