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Finanças

Morning Call: após máximas históricas, bolsa de NY recua; política pesa no IBOV

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

No pré-mercado de Nova York, os três índices americanos freiam o movimento de alta dos últimos dias que ontem renovou as máximas históricas, puxados por expectativas com estímulos fiscais e primeiros dados de desaceleração da covid nos EUA;

O Dow Jones futuro recua 0,17%, S&P 500 (-0,14%), Nasdaq (-0,13%); o Petróleo, tipo Brent, que mais cedo alcançou a cotação máxima dos últimos 13 meses (US$ 61), perdeu um pouco de fôlego. Os direcionadores positivos são as expectativas de retomada da economia em 2021 e cotas de produção que estão sendo respeitadas na Opep+;

Na bolsas europeias, os mercados operam com cautela e sofrem realizações após os ganhos recentes e bons balanços de empresas divulgados hoje, a bolsa de Frankfurt recuava 0,56%, Londres (-0,06%), Paris (-0,03%), Madri (-0,92%), Milão (-0,26%); Lisboa sobe 0,16%;

Saiu indicador positivo da Alemanha: as exportações, motor da maior economia da zona do euro, subiram 0,1% em dezembro na margem, ante projeção de queda de 0,5%;
Na Ásia, às vésperas no prolongado feriado do Ana Novo chinês, Xangai subiu 2,01% com força do setor petroquímico, Hong Kong avançou 0,53%, e o Nikkei +0,40%. Seul foi exceção pelo segundo dia seguido (-0,21%);

FGV/inflação: IGP-M acelera a 1,92% na 1ª prévia de fevereiro (1,89% na 1ª de  janeiro); em 12 meses, alta é de 28,17%;

Mas o principal dado do dia é o IPCA de janeiro (9h), que pode esvaziar as apostas em alta da Selic no Copom de março, se confirmar as estimativas de desaceleração;

Política: enquanto o Centrão se arrisca ao grande teste, com a votação do projeto de autonomia do BC, que começa a ser discutido hoje na Câmara. A instalação da CMO para apreciar o Orçamento também é importante. A ideia é sinalizar para o mercado que a agenda econômica começa a ser destravada. Mas os riscos no horizonte fiscal, com as pressões para o novo auxílio emergencial preocupam o investidor.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

IBOV: por hora segue exatamente o que foi dito, 120 mil pontos continua sendo uma faixa de resistência importante. Por outro lado, temos como positivo o fechamento do gráfico semanal e diário acima da média exponencial de 9 períodos e enquanto ela for respeitada como suporte a visão seria otimista. Claro que se perder o suporte citado da MME9, voltamos a olhar a faixa dos 106 mil pontos como correção normal do índice. Suporte imediato 119.000 pontos. 

Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):

Depois de subir 4,5% na semana passada, o primeiro pregão desta semana foi negativo para o Ibovespa. Se descolando do exterior e sendo puxado por Petrobras e bancos, o principal índice de ações brasileiro recuou -0,45% e fechou em 119.696 pontos.

Apesar do cenário externo favorável em meio a crescentes expectativas para a aprovação do pacote e US$ 1,9 tri de Biden, por aqui, foi a polêmica ao redor da política de preços da Petrobras que chamou a atenção. 

Ainda no radar estão as discussões de mais medidas de auxílio emergencial após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) defender mais uma vez a criação de algum tipo de assistência social para ajudar os mais afetados pela crise do coronavírus desde que seja respeitado o teto de gastos. 

Na última sexta-feira, a Petrobras (PETR3/PETR4) chegou a emitir fato relevante comunicando uma mudança na sua política de preços realizada no primeiro semestre do ano passado. Porém, na noite de domingo, ela também soltou um comunicado ao mercado desmentindo a alteração na política. Além do fato ter levantado questionamentos quanto à transparência das decisões da estatal, ela também informou que aumentará os preços dos combustíveis a partir desta terça-feira, o que também voltar a enfurecer os caminhoneiros. A espiral negativa na companhia foi ainda reforçada após algumas corretoras terem cortado a recomendação de compra no ativo. A combinação de tudo isso fez com que as ações PETR3 fossem a maior queda do Ibovespa nesta segunda ao recuarem 4,1%. 

Do lado positivo, a maior alta do dia ficou com a Cosan (CSAN3, +8,6%) após a Raízen, uma de suas empresas e líder mundial em açúcar e etanol de cana-de-açúcar, ter assinado hoje um acordo para comprar a Biosev (BSEV3) uma das maiores empresas do setor.

Indicadores
Brasil:
Balanço do BTG, antes da abertura, e o da Tim, depois do pregão
FGV: 1ª prévia do IGP-M de fevereiro e IPC Capitais (1ª quadrissemana) (8h)
IBGE: IPCA de janeiro
EUA:
Deptº do Trabalho: relatório Jolts de dezembro (12h)
API: estoques de petróleo e derivados (18h30)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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