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Análise

Morning Call: elevação de projeções de juros nos EUA pressiona bolsas

Persistência da inflação em serviços e um mercado de trabalho com condições apertadas fazem investidores projetarem juros nos EUA para 2023 em patamares mais altos e em linha com que autoridades do Fed vinham avisando.

Os mercados vinham otimistas no começo da terça-feira (14) esperando os dados de inflação dos EUA. O Índice de Preços ao Consumidor, medido pelo CPI, registrou uma alta 0,5% em janeiro, em linha com expectativas de mercado, porém com grande influência pelo aumento dos preços de gasolina que subiram 3,6% no mês.

A alta em 12 meses desacelera de 6,5% para 6,4% enquanto o núcleo do índice manteve a alta de 0,4% no mês e passa a alta anualizada de 5,7% para 5,6%. Porém os investidores associaram o mercado de trabalho ainda em condições apertadas e índices de inflação com dificuldades de desacelerar com mais intensidade à necessidade do Fed continuar subindo juros no país que, até semana passada, fazia os investidores cogitarem juros máximos de até 5% e atualmente as projeções chegam a 5,5%.

Com essa muandança de ânimos, além de impactarem outras bolsas, o Dow Jones encerrou o dia em queda de 0,46%, o S&P 500 teve baixa de 0,03% e o índice Nasdaq conseguiu se manter positivo com ganhos de 0,57%.

Mercados hoje

  • Ásia: Os principais índices asiáticos fecharam em baixa nesta quarta-feira com as quedas de 0,37% no Nikkei, 1,43% no Hang Seng, 0,39% em Shanghai, 1,42% no Taiex e 1,53% no Kospi.
  • Europa: Os mercados europeus tentam se recuperar após a divulgação da produção industrial na zona do Euro em dezembro ter registrado uma queda de 1,1%, resultado abaixo da queda de 0,8% esperada pelo mercado enquanto a balança comercial teve um saldo negativo de 8 bilhões de euros frente ao déficit de 12,5 bilhões projetado pelo mercado. O índice DAX registrava alta de 0,37%, FTSE tinha ganhos leves de 0,01%, CAC tinha ganhos de 1,10%, o IBEX subia 0,01% e o Euro Stoxx tinha ganhos de 0,63%.
  • EUA: os pré-mercados continuam o clima de aversão ao risco com as quedas de 0,42% do Nasdaq, 0,32% do S&P 500 e 0,21% do Dow Jones. As quedas continuam após as novas perspectivas de juros máximos no país com uma taxa implícita na curva de juros passando do intervalo de 5% e 5,25% para 5,25% e 5,50%. Os investidores acompanham a divulgação da Produção Industrial e Vendas no Varejo de janeiro para terem mais indícios da demanda na economia do país enquanto amanhã serão divulgados dados de construções de casas, pedidos por seguro desemprego e o Índice de Preços ao Produtor.
  • Commodities: A maioria das commodities opera em queda pela expectativa de desaceleração econômica com destaque para as quedas de 1,74% da Platina, 1,03% do Ouro, 1,02% do barril de Petróleo Brent e 0,81% do barril do tipo WTI.

Temporada de balanços e reunião do CMN no radar

O Ibovespa encerrou a terça-feira com uma queda de 0,91% aos 107.849 pontos, refletindo a piora do cenário externo somada com as incertezas relacionadas ao risco fiscal do país. As atenções se voltam à reunião do Conselho Monetário Nacional que ocorre amanhã entre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a Ministra do Planejamento, Simone Tebet e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apesar da afirmação do próprio Haddad de que a discussão sobre a meta de inflação não estará na pauta da reunião do Conselho. Além disso, Haddad participa hoje do CEO Conference, evento no BTG Pactual.

Entre os destaques corporativos, o conselho de administração da WEG aprovou o pagamento de dividendos complementares no valor total de R$ 949,580 milhões, correspondente a R$ 0,226 por ação.

A Totvs registrou um avanço de 24% no lucro líquido ajustado, para R$ 156,3 milhões no quarto trimestre de 2022, ante o mesmo intervalo de 2021. No acumulado de 2022, o lucro somou R$ 510,2 milhões, avanço de 36,4% na mesma análise de comparação.

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