Destaques (José Falcão Castro):
A semana começa com novos dados positivos da China que trazem otimismo para as commodities na abertura dos mercados globais, enquanto a posse de Biden, dia 20, deixa a semana tensa nos EUA, com um forte esquema de segurança para evitar novos ataques de extremistas;
Mas hoje é feriado e os mercados não funcionam em Nova York. Mas a partir de amanhã, ganha ritmo a temporada de balanços, com as big techs e os bancos; A agenda externa terá ainda reuniões do Banco Central Europeu e do Japão;
Em dia de menor liquidez, as bolsas europeias operam mistas e com cautela, mas melhorando desde a abertura, com preocupações por covid e noticiário corporativo;
Petróleo também opera em leve baixa; há expectativa de que Joe Biden possa cancelar licença para construção do oleoduto entre EUA (Nebraska) e Canadá (Alberta);
O direcionador positivo é o crescimento da China em 2020, divulgado à noite: única das grandes economias a crescer no ano da pandemia teve alta de 2,3% ante 2019 e de 6,5% no último trimestre de 2020, mais do que o projetado (6%);
Frankfurt sobe 0,06%, Londres (-0,06%), Paris (-0,17%), Madri (-0,32%), Milão (+0,08%), Lisboa (-0,71%); Petróleo Brent/março recua 0,16% (US$ 55,02);
Aqui, o exercício das opções na B3, esta manhã, pode elevar a volatilidade. Já o Copom deve manter a Selic na 4ªF; O ministro da Saúde está reunido com 17 governadores em Guarulhos em evento para distribuição de doses de Coronavac.
Análise Gráfica – IBOV:
Após o topo histórico em torno de 125.300 pontos, o índice Bovespa fez uma correção e parou em cima da média móvel de 9 períodos (120 mil pontos).Ao se manter neste nível, o IBOV mantém a sua tendência de alta no curto e longo prazo, porém há grandes possibilidades de recuo mais acentuado se o capital estrangeiro perder força. Se romper abaixo da média móvel de 9 períodos (linha vermelha), o suporte imediato e mais importante está em torno de 116 mil pontos.
Cenário global e bolsa brasileira (Murilo Breder):
Dia de queda forte na Bolsa brasileira na última sexta-feira. Apesar do mercado inicialmente ter gostado da proposta de US$ 1,9 trilhão em estímulos pelo governo Biden, os olhos agora se voltam para a sua viabilidade. Com o recuo de 2,5% nesta sexta-feira, o Ibovespa fechou em queda de 3,8% na semana.
Além disso, o mercado voltou a olhar com preocupação a aceleração dos casos de coronavírus na Europa, podendo levar ao aumento das restrições em países como França e Alemanha, além do ressurgimento de casos de Covid-19 na China já levando a lockdowns em algumas regiões do gigante asiático durante esta semana. Dessa forma, quem sofre são as ações de companhias ligadas a commodities já que a China é o destino mais comum para os materiais básicos.
Ações com maior representatividade no índice, Vale (VALE3, -4,4%) e Petrobras (PETR4, -4,5%) tiveram dia de forte queda e contribuíram para o dia negativo na Bolsa. As empresas de siderurgia Gerdau, Usiminas e CSN também não escaparam. Maior alta de 2020, as ações CSNA3 recuaram 8,3%.
Outro destaque do dia é a notícia de que o Cade pode barrar a fusão entre a Localiza (RENT3, -4,4%) e a Unidas (LCAM3, -5,3%), o que fez as ações despencarem.
Por fim, as ações da JHSF (JHSF3, +2,1%) registram uma das poucas altas do dia. A empresa divulgou sua prévia operacional do quarto trimestre. As Vendas Contratadas de Incorporação registraram crescimento de 192,9% na comparação trimestral e 228,5% no ano, números que agradaram o mercado.
Indicadores |
Brasil: |
IPC-S da 2ª quadrissemana de janeiro (8h): desacelera a 0,52% (na anterior, alta foi de 0,79%) |
Boletim Focus (8h25) |
IBC-Br de novembro tem estimativa de desaceleração, a 0,50% (mediana) (9h) |
Balança comercial semanal (15h) |
EUA: |
Feriado de Martin Luther King deixa mercados fechados |
Europa: |
Bélgica: reunião do Eurogrupo |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.