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Análise

Morning Call: mix positivo sustenta o otimismo e novos recordes das bolsas

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

  • Nesta semana um conjunto de fatores positivos sustenta o otimismo e novos recordes nas bolsas de Wall Street, como por exemplo: o avanço da vacinação nos países mais desenvolvidos, pacote fiscal nos EUA, negociação do Brexit em andamento. E além desses fatores, a garantia do Fed de manter os estímulos à economia americana, que reforça o quadro de liquidez global e o fluxo de capital aos emergentes, como o Brasil;
  • Beneficiados pela forte entrada do capital externo, os ativos domésticos (Brasil) ignoram os riscos fiscais, ruídos políticos e toda politização em torno da vacina, com o Ibovespa chegando aos 118 mil pontos e o real se recuperando frente ao dólar;
  • Mas, após novos recordes históricos dos principais índices da bolsa de Nova York, ontem, os mercados tendem à cautela no último pregão da semana, com pacote de socorro dos EUA a ser definido até domingo, Brexit incerto e agravamento de tensão EUA-China;
  • No front da pandemia, a boa notícia é a aprovação da vacina da Moderna pelo painel de especialistas do FDA; porém, a má notícia é que novo lockdown poderá substituir o sistemas de restrições regionalizadas no Reino Unido, depois do Natal;
  • Pré-mercado de NY próximo da estabilidade: Dow Jones futuro (-0,03%), S&P 500 (+0,02%), Nasdaq (-0,09%); Na Europa, as bolsas operaram mistas, Frankfurt sobe (0,15%), Londres (+0,30%), Paris (+0,02%), Madri (-0,36%), Milão (-0,22%), Lisboa (-0,53%);
  • Governo Trump anunciou inclusão de mais 60 empresas chinesas a uma lista de restrição de exportações; por isso, mais cedo, tensão EUA-China contribuiu para baixas entre as bolsas asiáticas; Xangai (-0,29%), Hong Kong (-0,67%), Nikkei (-0,16%); Seul subiu 0,06%.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

  • No último pregão já beiramos o topo histórico e o índice sentiu a resistência desta região, mas lembrando que estamos de olho na faixa dos 120.030 pontos;
  • Vale lembrar que o comportamento do índice Bovespa indexado em dólar ainda é bem diferente;
  • Suporte imediato 115.500 e se não fechar acima, 108.500 pontos.

Cenário macroeconômico (Murilo Breder):

  • O otimismo é tão forte que até a ausência de novidades é vista como positiva. Após ultrapassar os 119 mil pontos na máxima intraday, os grandes bancos e uma Petrobras enfraquecendo os ganhos acabaram limitando a alta desta quinta-feira em +0,5%;
  • Lá fora, o desempenho das bolsas segue positivo diante das expectativas por vacinação e estímulos nos Estados Unidos e na Europa. As autoridades europeias querem acelerar a vacinação contra o coronavírus antes do Natal ao mesmo tempo em que parlamentares da União Europeia aprovaram um pacote de estímulos de 1,8 trilhão de euros;
  • Por aqui, os investidores brasileiros também repercutem o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central. Apesar da leve piora da projeção para o PIB do ano que vem (crescimento de 3,8%, contra alta de 3,9% calculada em setembro), para este ano, a autoridade monetária revisou sua estimativa a uma contração de 4,4% ante queda de 5% esperada anteriormente.

Cenário corporativo (Murilo Breder): 

  • As ações da Braskem ainda repercutem a eventual saída da Odebrecht enquanto a Totvs também subiu pelo segundo pregão consecutivo após o anúncio de um Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor de R$ 0,10 por ação;
  • As ações ligadas ao grupo Cosan (CSAN3, RAIL3 e RLOG3) também foram um dos destaques positivos após avanços no processo de reorganização societária;
  • Entre as maiores quedas, CVC e aéreas passam por uma realização após as fortes altas recentes.
Indicadores
Brasil:
FGV: prévia da confiança da indústria em dezembro
CNI/Sondagem da construção: atividade em dezembro
Paulo Guedes faz balanço de final de ano em coletiva (10h)
Reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) (15h)
EUA:
Baker Hughes: poços de petróleo em atividade (15h)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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