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Intraday: o que é e quais operações podem ser feitas?

Operações de compra e venda em um mesmo pregão têm como objetivo lucrar com a variação dos ativos.

A imagem mostra as mãos de uma pessoa branca segurando um tablet preto. Na tela do site, vemos uma home broker com diversos gráficos, indicando que a pessoa possa estar analisando operações em intraday. (Foto: Shutterstock / sitthiphong)

O que é intraday? Essa nomenclatura se relaciona a um tipo de estratégia de investimento que envolve a compra e venda de ativos no mesmo dia.

Segundo dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entre os anos de 2020 e 2021, ao menos 1 milhão de brasileiros fizeram esse tipo de operação na bolsa de valores, algo em torno de 33% dos investidores na B3.  

Para entender melhor sobre o que é intraday e como ele funciona na prática, veja as perguntas e respostas abaixo:

O que é intraday?

Intraday é um termo em inglês que se refere a uma mesma sessão regular da bolsa de valores, ou seja, o período entre a abertura e o fechamento do pregão diário. Assim, uma operação de investimento intraday é aquela que é totalmente concluída no mesmo dia. 

Nesse caso, o investidor negocia os ativos (compra e venda) no mesmo pregão, fechando o período sem ter a custódia das aplicações. O objetivo é se aproveitar das variações de preço que um ativo sofre ao longo do dia para obter rendimentos. 

Essa nomenclatura também é usada em outras expressões comuns do mercado financeiro. Preço intraday, por exemplo, se refere à cotação de um determinado ativo ao longo de um mesmo dia, enquanto máxima intraday significa o preço mais alto de cotação de um ativo no dia.

Nessa forma de investir, as operações costumam levar algumas poucas horas – ou até mesmo minutos. Por ocorrerem dentro de um curtíssimo prazo, elas demandam bastante atenção por parte dos investidores.

Veja abaixo quais são as operações que podem ser realizadas intraday:

Day trade

O day trade é o tipo de operação mais conhecida de intraday. Como o próprio nome indica, ele envolve a compra e venda de ativos em um mesmo dia, aproveitando-se das variações do mercado para especular e obter rentabilidade.

Day traders, nome dado aos investidores que operam nesse formato, utilizam os gráficos intraday para tomar decisões sobre os melhores momentos para comprar ou vender suas ações, lucrando a partir das flutuações de curto prazo.

Opções e derivativos

Também é possível aproveitar as variações durante o pregão para negociar opções e derivativos, ativos vinculados a ações, taxas de referência ou índices de mercado, garantindo melhores oportunidades de investimento.

HTF e Scalper trading

High Trade Frequency (HTF, ou negociação de alta frequência, em português) e o Scalper trading são tipos de operação que podes ser feitas no intraday. 

Elas utilizam ferramentas de software e gráficos para identificar e explorar as micro variações de preço que ocorrem ao longo de um dia, no mesmo pregão. Assim, atuam no mercado de curtíssimo prazo, explorando a volatilidade dos ativos.

A diferença entre as suas operações é que o HTF costuma negociar um volume muito maior de ativos, já que utiliza “investidores-robôs”, ou seja, programas de computador que conseguem realizar as negociações de forma automatizada. Por isso, o HTF é realizado principalmente por fundos e instituições financeiras de grande porte.

Qual a diferença entre day trade e intraday?

Intraday é o termo que se refere ao intervalo de um mesmo dia no mercado financeiro, sendo que as negociações realizadas nesse período são comumente chamadas de day trade. Ou seja, o day trade é uma operação feita em intraday

As negociações de day trade também podem ser chamadas de intraday em alguns casos. Por isso, as nomenclaturas podem ser consideradas intercambiáveis. 

Esse tipo de operação visa lucrar com as variações diárias que acontecem no preço dos ativos, e não em fazer investimentos de longo prazo. 

A negociação intraday ou day trade pode ser realizada com ações, opções, derivativos, contratos futuros ou até mesmo criptomoedas.

Como operar no intraday?

Para fazer operações no intraday, é preciso ter uma conta em uma corretora de investimentos cadastrada na B3, a bolsa de valores brasileira. A negociação dos ativos é feita pelo home broker, um sistema online para compra e venda de papéis.

Após criar a conta de investimentos, basta o investidor transferir o dinheiro para ela e acessar o home broker da sua corretora e inserir o código de identificação dos ativos que deseja negociar. 

Além de ações, também é possível negociar commodities (como soja e café), moedas (como dólar) e mercado de futuros no intraday.

Qualquer investidor pode fazer uma operação no intraday. Contudo, antes de começar a negociar nesta modalidade, é recomendado já ter um grau mais elevado de experiência em aplicações e mercado financeiro. Os investidores que decidem atuar no intraday também precisam estar preparados para lidar com um nível mais alto de risco.   

Isso porque o intraday requer um alto nível de comprometimento e é preciso estar preparado para se dedicar profundamente às negociações, já que os ganhos no intraday dependem de saber explorar as pequenas movimentações no preço das ações. 

Ou seja, é necessário acompanhar de perto as variações do mercado ao longo do pregão (10h-18h), de forma a conseguir vender os ativos no melhor momento e obter bons rendimentos. 

Vale ressaltar que não existe fórmula certa para o sucesso no mercado financeiro, mas algumas estratégias validadas costumam ser usadas pela maioria dos investidores no intraday, como:

Análise técnica

Essa ferramenta consiste em analisar gráficos de variações históricas das cotações dos ativos e do volume de negociação para encontrar padrões, de forma a conseguir fazer previsões sobre como serão as movimentações futuras.

Esse tipo de análise é consolidada no mercado financeiro e parte do princípio de que os preços das aplicações no futuro dependem dos preços nas negociações passadas. 

A análise técnica tem como premissa que o preço dos ativos se move em tendências de alta ou de baixa. A metodologia não considera fatores como receita da empresa emissora da ação, participação de mercado ou endividamento. Esses itens são levados em conta apenas em análises fundamentalistas, mais usadas por quem investe no longo prazo, e não no intraday.

Stop loss

Outra ferramenta importante para gerenciar os riscos no intraday é o stop loss, estratégia de ordem de venda automática que pode ser programada pelo investidor. Dessa forma, quando o ativo atinge um determinado valor pré-estabelecido, a venda é realizada automaticamente.

Por exemplo: imagine que, ao operar no intraday, o investidor comprou uma ação por R$ 50, na expectativa de que houvesse valorização durante o pregão. Porém, por alguma razão, o ativo na verdade passou a cair. 

Mesmo que esse não seja o resultado que o investidor estava esperando, isso não significa que a sua perda vá ser tão grande. Se o investidor tiver adotado uma estratégia que prevê tolerância de prejuízo de 10%, o stop loss será ativado quando o ativo estiver sendo negociado a R$ 45. 

Assim, quando a ação chegar a essa cotação, ela será automaticamente vendida, garantindo que o seu prejuízo seja controlado e fique em apenas R$5.

Esse tipo de ferramenta proporciona mais flexibilidade e segurança ao investidor para que não seja necessário ficar online o tempo todo, limitando suas perdas.

Há também o stop gain, um tipo de ordem automática de venda que é disparada quando o ativo atinge a cotação esperada pelo investidor para que ele obtenha bons rendimentos. Essa estratégia assegura que o lucro pretendido seja concretizado, evitando que outras movimentações prejudiquem os ganhos.

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