Siga nossas redes

Análise

Morning Call: Petrobras sobe 14% em NY, após balanço; Selic é remédio amargo!

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global e bolsa de valores

No exterior, a divergência entre autoridades do banco central americano (Federal Reserve) levou o índice de ações dos mercados emergentes a recuar pela primeira vez em quatro pregões. O vice-chair do Fed, Richard Clarida, importante condutor da nova estratégia de política monetária do banco central norte-americano, disse na quarta-feira sentir que as condições para elevar os juros podem ser atendidas até o fim de 2022, levantando expectativas de que o Fed pode reduzir em breve seu programa de compra de títulos. Menos estímulos, é sinônimo de menor liquidez nos mercados e esta redução de dinheiro circulando afeta de forma mais direta economias emergentes, que são considerados mercados de maior risco e por isso há uma redução de exposição a estas praças, como Brasil. O banco central inglês divulga decisão de política monetária às 8h.

Ásia: bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,31%, aos 3.466,55 pontos; Em Tóquio, índice Nikkei subiu 0,52%, para 27.728,12 pontos; Em Hong Kong, Hang Seng caiu 0,84%, aos 26.204,69 pontos; em Seul, Kospi recuou 0,13%, para 3.276,13 pontos; Europa: antes da decisão do BoE, índice Stoxx 600 sobe 0,26%, aos 469,42 pontos; Bolsa de Frankfurt estável (+ 0,01%), Londres -0,13%, Paris +0,37 % e Madri -0,26%; NY / Pré-Mercado: futuro do Dow Jones sobe 0,15%, do S&P 500 + 0,23% e do Nasdaq + 0,27%; Petróleo: Brent para outubro sobe 0,48%, para US $ 70,72 o barril; WTI para setembro ganha 0,60%, a US $ 68,56 o barril; Ouro para dezembro estável (+ 0,02%), cotado a US $ 1.814,95 a onça-troy.

Brasil e Índice Bovespa hoje

Apesar das ações (ADR) de Petrobras subir forte, em torno de 14%, no after market da bolsa de NY, após a companhia surpreender com lucro 68% acima das estimativas apontadas pelo Broadcast, mas pelo lado menos otimista, a bolsa terá de enfrentar o desafio de um juro mais alto com uma política monetária mais restritiva para controlar a inflação. 

Como esperado, o Banco Central elevou a taxa básica de juros, Selic, para 5,25% e já projetou outro ajuste na mesma magnitude na próxima reunião, de 1 ponto porcentual, com isso demonstra que os juros devem seguir para um patamar pouco acima da taxa neutra, considerada o nível que acomoda definitivamente a inflação, deixa de ter juro real negativo, mas é um remédio amargo, pois vai desaquecer a economia. 

Além disso, a crise em Brasília faz cada vez mais ruídos e vem acompanhada com medidas de política econômica populista e aumenta o risco fiscal, que espanta investimentos no país, prejudica o crescimento e pressiona o dólar frente ao real. Para inflamar um pouco mais, no choque entre Executivo e Judiciário, o STF aceitou notícia-crime do TSE para investigar Bolsonaro no inquérito das fake news. 

A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 42,85 bilhões no segundo trimestre, revertendo prejuízo reportado no mesmo período de 2020. O resultado veio 68,85 % acima das estimativas do Broadcast. Já o Ebitda somou R$ 61,9 bilhões no trimestre, uma alta de 147,9% na comparação anual, também acima das expectativas. A receita líquida da petrolífera ficou em R$ 110,71 bilhões, o que representa um crescimento de 11,5% ante um ano antes. O montante superou as projeções em 10,37%, que apontavam R$ 100.310 bilhões. O dia ainda terá os resultados trimestrais de Cia Hering , JHSF, Engie e Eneva ENEV3 .

Ibovespa fechou em baixa na quarta-feira, com as ações do Bradesco entre as maiores pressões negativas após resultado trimestral, assim como os papéis da Petrobras na esteira do recuo do preço do petróleo no exterior e antes do balanço financeiro. O índice da bolsa brasileira caiu 1,44%, a 121.801,21 pontos, com volume financeiro de R$ 30 bilhões. 

O IBOV segue em tendência de alta no longo prazo, porém um movimento de queda no curto prazo foi consolidado, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, em seguida romper abaixo dos 124 mil pontos e cruzar abaixo da média móvel curta (21 períodos). O investidor estrangeiro ingressou com R$ 391,77 milhões na B3 em 3 de agosto, terça-feira, mas entrou com R$ 1,09 bilhão na B3 no acumulado de agosto; no ano, saldo é positivo em R$ 40,84 bilhões.

TradingView Chart Snapshot
Indicadores Econômicos
EUA / Deptº do Comércio: balança comercial de junho (9h30)
EUA / Dpto Trabalho: Pedidos de auxílio-desemprego da semana até 31/07 (9h30)
EUA: Balanço de Moderna, antes da abertura do mercado
Reino Unido: BoE divulga decisão de política monetária (8h)
FGV: Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) de julho (8h)
Brasil: Balanços de Hering, Eneva e Engie, após o fechamento do mercado

Abra sua conta! É Grátis

Já comecei o meu cadastro e quero continuar.