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Análise

Morning Call: mercado entra na reta final do ano

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Hugo Carone

Cenário global e bolsa de valores

Caminhamos para o fim da semana e também do ano, onde nesta sexta feira os mercados Asiáticos tiveram um fechamento negativo: Tóquio (Nikkei -1,79%), Hong Kong (Hang Seng -1,20%), Xangai (SSEC -1,16%), única alta em Seul (KOSPI +0,38%). O foco por lá nesta sexta feira ficou por conta da decisão do BoJ (Banco Central do Japão) que determinou a redução dos estímulos, que ocorria através da compra de títulos corporativos e commercial papers, retornando aos patamares pré-pandemia, em paralelo a meta para a taxa de juros de curto prazo ficou inalterada em -0,10%. A China segue tendo como preocupação as restrições que tem sido impostas pelos Estados Unidos, fora o receio com uma nova onda global de Covid-19.

O mercado Europeu inicia a sessão em queda em sua maioria em meio a divulgação de uma inflação em sua máxima recorde para o mês de novembro, porém em linha com as expectativas para projeção anual: Londres (FTSE +0,10%), Frankfurt (DAX -0,73%), Paris (CAC -0,72%). O temor com relação a variante Ômicron permanece, gerando um receio por parte do mercado caso ocorra uma outra onda de transmissão, onde ainda não se sabe de que forma isso poderia impactar a economia, principalmente em um momento em que os bancos centrais ao redor do mundo falam em redução nos estímulos e aumento dos juros para o próximo ano.

Para hoje temos uma agenda nos Estados Unidos tímida onde apenas às 15 horas teremos o discurso do Waller, membro do FED. O fechamento de ontem para o SP500 foi bem fraco encerrando com queda de -0,87% após o índice rondar a região de topo histórico, até o momento o futuro por lá opera em leve queda de -0,31%. Quem chama atenção por lá é o VIX índice que mede a volatilidade do mercado, por enquanto em níveis normais mas em alta pelo segundo dia até o momento. Falando um pouco das commodities, o petróleo do tipo BRENT opera em queda de -1,15% e por enquanto longe da importante barreira dos $78,00, atualmente em $73,73 e por outro lado o minério de ferro operava em alta de +1,66% já em uma importante região de resistência, $119,70.

Futuros: S&P 500 4.688,4 (-0,31%); Petróleo: Brent a US$ 73,73 (-1,72%); WTI a US$ 71,11 (-1,75%); Ouro: +0,65%, a US$ 1.809,95 a onça-troy na Comex; Minério de Ferro (+1,66%) a 119,40.

Cenário no Brasil

Por aqui vamos entrar em ano eleitoral e será comum se ocorrer muita volatilidade a cada pesquisa que for sendo divulgada, principalmente se tiver muito divergência entre elas. Ontem ao fim do pregão foi divulgada pelo Datafolha uma pesquisa realizada entre os dias 13 e 16 de dezembro com 3.666 pessoas com mais de 16 anos e em 191 cidades. Considerando os dois cenários estipulados por eles, em ambos Lula e Bolsonaro seriam os destaques. Também ontem o Ministério da Economia enviou ao Congresso uma sugestão para que fosse realocado $2,9 bilhões do Orçamento do ano que vem para reajustar salários de alguns servidores públicos.

Ibovespa

Seguimos o que foi indicado no fechamento da semana anterior, um movimento mais tranquilo do que foi visto nos últimos meses, em grande parte pelo fechamento semanal acima da média 9 exponencial. O que parecia tão distante começa a dar esperança, o tão falado fechamento do ano no positivo, e para isso seria necessário uma alta de quase +7%. Em caso de força compradora, podemos encontrar no caminho uma barreira na faixa dos 111.800. A faixa dos 100 mil continua sendo muito importante e por hora vamos deixar de lado, enquanto o candle semanal fechar acima da MME9. Veja cotação do Ibovespa hoje

Indicadores econômicos e eventos:
7:00 – EURO – CPI (IPC)
15:00 – EUA – Discurso Waller, membro do FED

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