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Análise

Morning Call: sem dados relevantes, mercados operam estáveis

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global: nesta quarta-feira, os mercados iniciam o dia com cautela e operam próximos da estabilidade, sem dados relevantes hoje na Europa e nos EUA. O investidor ainda se sente desconfortável com a possibilidade de que a inflação acima do esperado possa levar o Federal Reserve (Fed) a fazer mudanças na sua política monetária expansionista com aumento da taxa de juros bem antes do estimado. Porém, a maioria dos dirigentes do Fed veem as pressões inflacionárias como transitória, pois a medida que as atividades vão retornando, a cadeia de suprimentos é reequilibrada, principalmente de commodities e matéria-prima, e desta forma acomodará os preços. 

Sem indicadores hoje na agenda externa, são importantes as falas da secretária do Tesouro, Janet Yellen (10h) e do membro do Fed, Randal Quarles (16h). Há expectativa com a divulgação amanhã do PIB americano no 1TRI, depois de crescer 4,3% no último trimestre de 2020, as divulgações das encomendas de bens duráveis e os números do auxílio-desemprego semanal. Com os índices futuros de Wall Street melhorando, as bolsas europeias abriram em alta e agora estão mistas. Mas a preocupação sobre a inflação está reduzindo na Europa, além de o índice de confiança do consumidor na França ter subido a 27 em maio, ante 25 em abril. Segundo o RTTNews, o integrante do BCE, Fabio Panetta, disse ao Nikkei que a recuperação econômica na zona do euro não é tão forte que force a autoridade monetária a reduzir as compras de títulos na reunião de junho.

Ásia: na China Continental, índice Xangai Composto fechou em alta de 0,34%, para 3.593,36 pontos; Tóquio, Nikkei subiu 0,31%, aos 28.642,19 pontos; Hong Kong, Hang Seng valorizou 0,88%, para 29.166,01 pontos; Seul, Kospi caiu 0,09%, para 3.168,43 pontos; Europa: índice Stoxx 600 sobe 0,06%, aos 445,46 pontos; Frankfurt cai 0,16%, Londres -0,12%, Paris+0,13% e Madri -0,08%; NY/Pré-Mercado: futuro do Dow Jones sobe 0,25%, do S&P 500 +0,29% e do Nasdaq +0,26%; Petróleo: Brent para agosto cai 0,15%, para US$ 63,39 o barril; Ouro para junho sobe 0,54%, para US$ 1.908,25 a onça-troy.

Brasil: aqui, o IPCA-15 abaixo do previsto ontem acalmou o mercado de juros e as expectativas para ajustes da Selic, apesar de o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarar que poderá mudar a orientação do ajuste parcial, se for necessário. Mas no Brasil, este não é o maior dos problemas, o desafio continua sendo o quadro fiscal e a conta vai chegar cara com os gastos recentes bilionários na pandemia, reformas que ainda não saíram do papel e com as finanças públicas cada vez mais expostas aos interesses do Centrão.

Ibovespa: sofreu uma correção mais acentuada que as bolsas de NY, puxado pela queda das ações ligadas a commodities (VALE3, -2,49%; CSNA3, -2,39%; PETR4, -2,08%), e bancos que enfraqueceram (BBDC4, -0,50%; ITUB4, -1,36%; BBAS3, -1,34%) piorando a situação com a renúncia do presidente da Previ, Maurício Coelho, que estaria relacionada a pressões do Centrão para ocupar postos-chaves no fundo de pensão, em mais uma sinalização de ingerência política nas estatais. O IBOV segue em tendência de alta no curto e longo prazo, porém consolidar-se acima da resistência dos 122 mil pontos é fundamental para dar continuidade rumo ao topo histórico do dia 8 de janeiro de 2021, aos 125.323 pontos.

Indicadores:
Brasil
FGV: INCC e Confiança da construção de maio (8h)
BC/Setor externo: Conta corrente de abril (9h30)
Caged: Geração líquida de postos de trabalho de abril (12h)
Roberto Campos Neto participa de webinar do canal de notícias My News (17h)
EUA
Secretária do Tesouro, Janet Yellen, preside reunião da Comissão de Educação Financeira (10h)
Vice-presidente para Supervisão do Fed, Randal Quarles, discursa em evento da Associação Nacional de Comissários de Seguros (11h)
DoE: Estoques de petróleo da semana até 21/05 (11h30)
Ásia
China/NBS: lucro industrial de abril (22h30)

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