Assumir riscos faz parte do mundo dos investimentos. Mas sustos constantes podem ser sinal de que o portfólio precisa de ajustes. Para atravessar esse período de muitas incertezas no mercado, há algumas opções de investimentos para reduzir a volatilidade da carteira.
Apesar de não ser nenhuma novidade para os investidores mais experientes, a diversificação mostra cada vez mais a sua força em períodos de volatilidade. Isso porque diversificar onde investir o capital mitiga o efeito dos piores resultados da carteira. Se uma parte dela acaba não indo tão bem assim, a outra acaba compensando e equilibrando o retorno dos seus investimentos.
E para atravessar as altas e baixas vistas no mercado brasileiro, há boas opções que podem ajudar a driblar o sobe e desce do mercado.
ETFs
Os ETFs – ou fundos de índice – são um exemplo. Como eles são sempre atrelados a algum índice, os investidores ficam expostos a um conjunto de ativos, o que tanto pode englobar desde o mercado de renda fixa quanto o de variável, que aliás, costumam ser os mais negociados.
Ações defensivas
Já uma outra opção para quem já tem um portfólio de ações montado é incluir ações consideradas “defensivas” por terem maior previsibilidade de geração de caixa. Um exemplo seriam as companhias do setor de utilidade pública, como as empresas distribuidoras de energia. Isso porque elas têm menos risco do que as empresas de geração de energia, que geralmente são muito afetadas pelo clima. Com a falta de chuvas e consequente crise hídrica, suas ações acabam por registrar perdas nesse período mais crítico.
Dolarize a carteira
Muitos gestores de fundos têm cada vez mais dolarizado suas posições e se exposto menos ao Brasil – dado a oscilação no mercado doméstico e um horizonte incerto quanto ao período eleitoral e reforma fiscal. Dolarizar uma parte da carteira de investimentos é uma estratégia contra as oscilações do mercado doméstico. O dólar costuma ter desempenho inversamente proporcional ao mercado de ações, ajudando a contrabalançar as perdas e diminuir a volatilidade do portfólio.
Existem fundos cambiais, ETFs com lastro em índices das bolsas americanas, BDRs, ETFs de BDRs, fundos de ações americanas, entre outros tipos de investimento para se expor a ativos dolarizados.
Ativo de proteção
Embora investir em ativos estrangeiros ajudem na diversificação regional, vale ressaltar que nenhuma ação está blindada contra um movimento de aversão ao risco global. Para isso, muitos investidores procuram a proteção do ouro. Ainda que não gere renda, o ouro costuma sempre entrar no radar em momentos de tensão. Em março de 2020, por exemplo, o metal precioso chegou a fechar o mês em alta, enquanto as bolsas caíam mais de 20%. Claro que justificado pela crise da pandemia. Mas o ativo também é uma alternativa contra a inflação, por exemplo, ou pelo excesso de dinheiro na economia.
Renda Fixa
As recentes incertezas do mercado têm aumentado a volatilidade, inclusive, do mercado de renda fixa, onde os títulos pré-fixados são atingidos pela chamada “marcação à mercado”. E uma forma de reduzir a volatilidade da renda fixa é por meio de títulos pós-fixados e atrelados à inflação.
As melhores oportunidades estão em títulos IPCA+ e nos pós-fixados. Porém, se for optar por títulos prefixados, a recomendação é que seja de menor prazo, entre dois e quatro anos, já que para entrar nesses papéis, é preciso ter uma visão mais clara do que vai acontecer no futuro.
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