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Quero investir para fazer um intercâmbio no exterior. Qual o melhor caminho?

Especialistas respondem a dúvidas dos leitores sobre seu dinheiro; envie sua pergunta por e-mail.

avião viagem

Pergunta do leitor: Tenho planos de estudar no exterior e pretendo fazer um planejamento para meu dinheiro render. Qual o melhor caminho para isso?

Resposta de Rejane Tamoto:

A pandemia é um ótimo período para fazer o planejamento de grandes objetivos, como um intercâmbio no exterior. As primeiras definições importantes são a data em que pretende embarcar, o período de duração do intercâmbio e a cidade e país onde pretende passar essa temporada de estudos, trabalho e lazer. São informações que ajudam a dimensionar quanto será necessário para realizar esse projeto e quanto ainda será preciso acumular.

Se quem pergunta já tem essas informações e também os recursos para realizar essa viagem, deverá aplicar de acordo com o prazo que tem para realizá-lo. Se o intercâmbio estiver programado para daqui um ano, por exemplo, será importante tomar cuidado com a oscilação dos investimentos.

Em geral, será preciso aplicar em alternativas de menor risco de oscilação de altas e baixas, para que algum movimento negativo no mercado, próximo da data da viagem, não obrigue o investidor a resgatar com prejuízo.

Quanto mais perto estiver da data de embarque, mais será necessário utilizar os recursos para arcar com as despesas associadas a passagens aéreas, vistos, exame de proficiência, seguro viagem e as mensalidades do curso. Será preciso também ter a definição dos gastos com moradia e alimentação, e começar a converter o Real na moeda do local para onde está indo.

O ideal é converter aos poucos e pagar uma taxa de câmbio média no período. Atualmente, é possível ter conta corrente em moeda estrangeira para fazer essa operação de forma eletrônica, sem a necessidade de acumular o dinheiro em papel. Alguns bancos digitais oferecem esse tipo de conta.

Há a opção de converter o valor que precisará ter em outra moeda de uma vez, perto da data da viagem, mas essa alternativa pode fazer com que se pague uma cotação elevada, caso a moeda dispare quando precisar fazer a conversão. O risco nesse caso é ter menos dinheiro na moeda que utilizará na viagem.

Quando se trata da taxa de câmbio, é preciso ter em mente que a cotação é definida a partir de diversas variáveis, de eventos que acontecem no Brasil e no mundo, além da oferta e da demanda. Por isso é tão difícil acertar o dia em que uma determinada moeda estará na menor cotação para fazer a conversão. 

Se há mais prazo para começar o intercâmbio, como cinco anos, por exemplo, é possível montar uma carteira de acordo com o perfil de risco e diversificar as aplicações. Dessa maneira, será possível aproveitar positivamente as oscilações de mercado, com tempo para que o dinheiro renda. Carteiras diversificadas e com gestão profissional de fundos de investimentos podem ser um caminho nesta direção.

Se não tiver todo o recurso para realizar o intercâmbio desejado, deverá fazer aplicações regulares, de preferência mensais, na carteira de investimento, para que na data desejada tenha o valor necessário.

Se não consegue investir todo mês, é importante começar com a organização dos recebimentos e despesas para então fazer escolhas sobre formas de aumentar sua renda e sobre quais gastos que podem ser reduzidos ou substituídos.

Assim abrirá uma capacidade de poupança, que permitirá a realização desse sonho. É um trabalho que vale a pena e que também pode ser feito com o acompanhamento de um planejador fiduciário, para que o intercâmbio saia do campo das ideias e vá para o porta-retratos. 

*Planejadora Fiduciária da Fiduc.

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