Economia da China mostra recuperação gradual após reabertura pós-Covid
A atividade econômica da China acelerou nos primeiros dois meses de 2023, à medida que o consumo e o investimento em infraestrutura impulsionaram a recuperação após medidas contra a pandemia de covid-19, apesar dos desafios da demanda global fraca e de uma desaceleração persistente no setor imobiliário.
O abandono dos controles rígidos contra a covid pela China no final de 2022 revigorou uma economia de US$ 18 trilhões que registrou uma das taxas de crescimento mais baixas em quase meio século, com analistas esperando que o impulso melhore ainda mais nos próximos meses.
A produção industrial no período de janeiro a fevereiro foi 2,4% maior do que no ano anterior, mostraram dados do Escritório Nacional de Estatísticas nesta quarta-feira, ligeiramente abaixo da expectativa de um ganho de 2,6% em pesquisa da Reuters. A leitura acelerou de um aumento anual de 1,3% em dezembro.
As vendas no varejo nos primeiros dois meses saltaram 3,5% em relação ao ano anterior, revertendo a queda anual de 1,8% observada em dezembro. O resultado veio em linha com a expectativa dos analistas e com as expectativas de uma retomada econômica liderada pelo consumo, já que a queda na demanda global enfraquece as exportações chinesas.
Os dados foram divulgados após sinais de força nos índices de gerentes de compras (PMIs) de fevereiro, publicados em 1º de março.
“No geral, os dados confirmam o que indicadores mais pontuais, incluindo os PMIs, já haviam sugerido – que o fim das restrições contra o vírus levou a uma rápida melhora nas condições econômicas no início do ano”, disse Julian Evans-Pritchard, chefe de economia da China na Capital Economics, em nota.
O setor de alimentação e hotelaria, sensível à Covid, colheu benefícios notáveis com a reabertura, com a receita de janeiro a fevereiro subindo 9,2% em relação ao ano anterior, em comparação com uma queda anual de 14,1% observada em dezembro, quando infecções generalizadas mantiveram as pessoas em casa.
“Esperamos que o ímpeto de crescimento da China melhore ainda mais nos próximos meses, impulsionado principalmente pela contínua recuperação do consumo e pela política macro ainda expansionista”, disseram analistas do Goldman Sachs em nota.
O investimento em ativos fixos nos primeiros dois meses foi 5,5% maior do que no ano anterior, crescendo pouco mais rápido do que o aumento anual de 5,1% em todo o ano de 2022.
Caixa libera abono salarial para nascidos em março e abril
Os trabalhadores da iniciativa privada nascidos em março e abril recebem hoje (15) o abono salarial ano-base 2021. A Caixa Econômica Federal iniciou o pagamento em 15 de fevereiro e prosseguirá com a liberação até 17 de julho, baseada no mês de nascimento do beneficiário.
O abono salarial de até um salário mínimo é pago aos trabalhadores inscritos no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos. Recebe o abono agora quem trabalhou formalmente por pelo menos 30 dias em 2021, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos.
Para servidores públicos, militares e empregados de estatais, inscritos no Pasep, a liberação ocorre pelo Banco do Brasil, nas mesmas datas do PIS. Nos dois casos, no PIS e no Pasep, o dinheiro estará disponível até 28 de dezembro. Após esse prazo, os recursos voltam para o caixa do governo.
Trabalhadores da iniciativa privada, que recebem pela Caixa Econômica Federal:
Mês de nascimento | Data do pagamento |
Janeiro e fevereiro | 15 de fevereiro |
Março e abril | 15 de março |
Maio e junho | 17 de abril |
Julho e agosto | 15 de maio |
Setembro e outubro | 15 de junho |
Novembro e dezembro | 17 de julho |
Trabalhadores do setor público, que recebem pelo Banco do Brasil:
Final da inscrição | Data do pagamento |
0 | 15 de fevereiro |
1 | 15 de março |
2 e 3 | 17 de abril |
4 e 5 | 15 de maio |
6 e 7 | 15 de junho |
8 e 9 | 17 de julho |
Os valores pagos a cada trabalhador variam de acordo com a quantidade de dias trabalhados durante o ano-base 2021.
Devem receber o benefício cerca de 22 milhões de trabalhadores, com valor total de mais de R$ 20 bilhões. Os recursos vêm do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
A Caixa informou que o crédito será depositado automaticamente para quem tem conta no banco. Os demais beneficiários receberão os valores por meio da Poupança Social Digital, podendo ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem.
Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, sempre de acordo com o calendário de pagamento.
Abonos esquecidos
Desde 15 de fevereiro, cerca de 400 mil trabalhadores que esqueceram de retirar o abono do PIS/Pasep referente a 2020 podem pedir o dinheiro ao Ministério do Trabalho. Os valores ficaram disponíveis até 29 de dezembro do ano passado, mas quem perdeu o prazo tem até cinco anos para retirar os recursos, desde que entre com recurso administrativo.
Segundo o Ministério do Trabalho, 399.975 pessoas não sacaram o abono salarial de 2020, dos quais 120.947 não retiraram o PIS e 279.028 não sacaram o Pasep. Isso equivale a menos de 1% dos trabalhadores com direito ao PIS e a 10% com direito ao abono do Pasep.
A abertura do recurso administrativo ao Ministério do Trabalho pode ser feita de três formas: presencialmente, por telefone ou pela internet. O pedido presencial pode ser feito em qualquer unidade do Ministério do Trabalho, o que inclui superintendências regionais de Trabalho e Emprego, gerências regionais do Trabalho e Emprego, agências regionais, agências do Sistema Nacional do Emprego (Sine) e unidades móveis do trabalhador.
O endereço mais próximo pode ser encontrado na página da pasta na internet.
Os pedidos por telefone devem ser feitos por meio da Central Alô Trabalhador, no número 158. As ligações podem ser feitas das 7h às 19h e são gratuitas para telefones fixos e cobradas para celulares. Pela internet, o trabalhador pode fazer o pedido no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital ou por e-mail. Os e-mails devem ser escritos para [email protected], trocando “uf” pela sigla da unidade da Federação onde o trabalhador mora.
Produção industrial da zona do euro sobe 0,7% em janeiro ante dezembro
A produção industrial da zona do euro registrou crescimento de 0,7% em janeiro na comparação com dezembro, após ajustes sazonais, informou nesta quarta-feira, 15, a Eurostat, agência de estatísticas oficial da União Europeia. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam alta menor, de 0,5%. Na comparação anual, a alta foi de 0,9%, quando se esperava avanço de 0,6%.
Além disso, a Eurostat informou após revisão que a produção industrial da zona do euro sofreu contração de 1,3% em dezembro ante o mês anterior. Antes, o recuo havia sido calculado em 1,1%.
Ante dezembro de 2021, a baixa foi de 2,0%, quando o cálculo anterior era de baixa de 1,7%.
*Com Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil
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