1- Haddad se reúne com banqueiros e Renan Calheiros
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa nesta terça-feira, 31, em São Paulo, da reunião do conselho da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O encontro ocorrerá entre 9h e 11h e Haddad será recebido pelo presidente da Febraban, Isaac Sidney, e pelo presidente do conselho diretor da entidade, Octavio de Lazari, que também é presidente do Bradesco.
Também participam da reunião a ministra do Planejamento, Simone Tebet; a ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck; o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro; o presidente do BNDES, Aloísio Mercadante; e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo.
Entre 15h e 16h, Haddad se reunirá, em Brasília, com o senador Renan Calheiros (MDB-AL) e com o governador de Alagoas, Paulo Dantas.
2 – Atividade econômica da China volta a crescer em janeiro, mostra PMI oficial
A atividade econômica da China voltou a crescer em janeiro, depois que uma onda de infecções por Covid-19 passou pelo país mais rapidamente do que o esperado após o abandono dos controles contra o vírus.
As encomendas domésticas e o consumo impulsionaram a produção, de acordo com os primeiros dados abrangentes a mostrar a rapidez com que a China está se recuperando de sua onda de Covid pós-reabertura, mas analistas alertaram que a economia enfrenta uma persistente fraqueza na demanda externa.
O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria subiu para 50,1 em janeiro de 47,0 em dezembro, disse a Agência Nacional de Estatísticas nesta terça-feira.
Economistas em uma pesquisa da Reuters haviam previsto que o PMI chegaria a 48,0. Como o resultado ficou acima de 50,0, isso implica crescimento.
Uma recuperação na atividade não-manufatureira foi mais decisiva do que o esperado pelos economistas – mas ajudada por um aumento sazonal nos gastos para o feriado de Ano Novo Lunar. Esse índice, que cobre serviços, saltou para 54,4, de 41,6 em dezembro.
Ambos os índices tinham mostrado anteriormente que a economia estava contraindo desde setembro.
“Os dados do PMI mostraram que a confiança na produção, operação e situação do mercado melhorou significativamente”, escreveu Bruce Pang, economista chefe da Jones Lang Lasalle, em uma nota, destacando o nível do subíndice de novas encomendas de exportação, de apenas 46,1, como motivo de preocupação.
Como as economias estrangeiras enfraqueceram sob a pressão do aumento das taxas de juros, o mesmo aconteceu com a demanda pelas exportações da China, que no mês passado foram 9,9% inferiores às do ano anterior.
A recuperação da atividade em janeiro “é um pouco inesperada, pois todos ainda estão bastante cautelosos”, disse Dan Wang, economista-chefe do Hang Seng Bank China. “É difícil para o PMI acelerar no mesmo mês do Ano Novo chinês, já que os trabalhadores normalmente têm duas semanas de folga.”
“Todos os outros indicadores reais – emprego, estoque e prazos de entrega – pioraram …. Os pedidos de exportação caíram, o que significa que os pedidos domésticos devem ter subido muito”, acrescentou ela.
O PMI Composto oficial, que combina indústria e serviços, subiu de 42,6 em dezembro para 52,9.
3- FMI vê crescimento do PIB do Brasil de 1,2% em 2023 e 1,5% em 2024
A perspectiva de crescimento do Brasil este ano teve ligeira melhora nas contas do Fundo Monetário Internacional, que destacou um “suporte fiscal” maior do que o esperado no país em seu relatório Perspectiva Econômica Global.
A atualização das projeções divulgada nesta segunda-feira mostra que o Produto Interno Bruto do Brasil deve crescer 1,2% este ano segundo o FMI, de alta de 1,0% estimada em dezembro e bem abaixo da expansão de 3,1% projetada para 2022.
Por outro lado, a estimativa para 2024 caiu em 0,4 ponto percentual, com expectativa agora de expansão de 1,5% da economia.
O cenário do FMI para este ano é melhor do que aquele esperado por analistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central, que veem expansão de apenas 0,8% do PIB segundo a pesquisa mais recente. Mas para 2024 as contas coincidem.
Já o Banco Central projetou em dezembro uma expansão de 1,0% do PIB em 2023, depois de um crescimento estimado em 2,9% em 2022. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva deve divulgar suas primeiras estimativas para a atividade em março.
América Latina
De acordo com o relatório do FMI, o crescimento da América Latina e Caribe deve desacelarar de 3,9% em 2022 para 1,8% em 2023, com uma revisão para cima de 0,1 ponto percentual na conta para este ano em relação ao relatório de outubro.
Essa revisão reflete a melhora na conta do Brasil, bem como uma elevação de 0,5 ponto percentual na estimativa de expansão do México para este ano, a 1,7%.
Segundo o FMI, isso se deve “a uma resiliência inesperada na demanda doméstica, crescimento maior do que o esperado nos principais parceiros comerciais e, no Brasil, suporte fiscal maior que o esperado”, de acordo com o relatório.
No ano passado, o governo adotou medidas de incentivo fiscal, como a redução da alíquota de ICMS sobre combustíveis, energia e telecomunicações, além de corte de impostos federais, o que ajudou o consumo. Em janeiro, o governo Lula renovou até fevereiro desoneração de tributos federais sobre a gasolina e até o final deste ano a taxação sobre diesel e gás.
Além disso, no final de 2022 foi aprovada a PEC da Transição, que, entre outras medidas, garantiu a extensão até o final deste ano do pagamento de 600 reais por mês a famílias de baixa renda no programa Bolsa Família.
O crescimento da região deve acelerar a 2,1% em 2024, embora tenha havido uma revisão para baixo de 0,3 ponto percentual nessa estimativa, refletindo condições financeiras mais apertadas, preços mais baixos de commodities exportadas e revisões para baixo no crescimento de parceiros comerciais, de acordo com o Fundo.
Para o grupo de mercados emergentes e economias em desenvolvimento, do qual o Brasil faz parte, o FMI elevou a estimativa de crescimento este ano em 0,3 ponto e baixou a do próximo em 0,1 ponto, a 4,0% e 4,2% respectivamente, após uma expansão em 2022 projetada em 3,9%.
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