CPI da zona do euro anual desacelera a 5,5% em junho, mas núcleo é revisado para cima
A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da zona do euro desacelerou para 5,5% em junho, ante 6,1% em maio, segundo revisão divulgada nesta quarta-feira, 19, pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado definitivo confirmou a estimativa inicial e veio em linha com a previsão de analistas consultados pela FactSet. No confronto mensal, o CPI do bloco subiu 0,3% em junho, também como esperado.
Por outro lado, a Eurostat revisou para cima o avanço anual do núcleo do CPI em junho, para 5,5%, de 5,4% originalmente. Em maio, o núcleo havia registrado acréscimo anual de 5,3%. Em relação ao mês anterior, o núcleo do CPI – que desconsidera os preços de energia e de alimentos – subiu 0,4% em junho.
O Banco Central Europeu (BCE) vem acompanhando de perto o comportamento do núcleo do CPI para definir eventuais novas altas de juros. A expectativa é o que BCE eleve juros mais uma vez em sua próxima reunião, no dia 27 de julho.
Lula diz acreditar que o acordo Mercosul-UE seja fechado ainda neste ano
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, em Bruxelas, acreditar que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul será fechado em 2023. “Pela primeira vez estou otimista de que vamos concluir esse acordo ainda este ano”, afirmou o presidente, em entrevista coletiva após a reunião de cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com a União Europeia (UE).
Lula voltou a criticar a carta adicional que a União Europeia apresentou durante as negociações, que classificou como “agressiva”. “A carta que a Europa fez para o Mercosul ameaçava com punição se a gente não cumprisse determinados quesitos ambientais. E a gente disse para a União Europeia que dois parceiros estratégicos não discutem com ameaças, discutem com propostas”, afirmou.
O presidente disse que o Brasil já preparou uma resposta ao documento europeu. O texto está em discussão no âmbito do Mercosul e será entregue “daqui a duas ou três semanas” à União Europeia. “Volto para o Brasil feliz porque nós conseguimos um intento muito grande que foi restabelecer de forma madura as negociações com a União Europeia.”
Lula voltou a ressaltar a importância da defesa das compras governamentais no acordo com os europeus. “Temos interesse em ter a possibilidade de nos reindustrializar”, disse o presidente. “Por isso que não abrimos mão das compras governamentais, um instrumento de desenvolvimento interno. Os Estados Unidos fazem isso, a Europa faz isso, a Alemanha faz isso e o Brasil tem o direito de fazer isso.”
Alckmin sinaliza ao setor sucroalcooleiro aumento da mistura de etanol na gasolina
O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, defendeu nesta terça-feira, 18, em encontro com representantes do setor sucroenergético paulista, a elevação do teor de etanol na gasolina de 27,5% para 30%, demanda antiga do setor.
A possibilidade de maior adição do biocombustível na gasolina está prevista no Programa Combustível do Futuro, que deve ser criado pelo Executivo por meio de um projeto de lei.
Outro tema abordado por Alckmin com os representantes do setor foi a elevação do mandato do biodiesel, mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel.
Segundo fontes, Alckmin afirmou que as diretrizes do projeto estão sendo construídas. O vice-presidente também debateu o estabelecimento de metas para o “Sustainable Aviation Fuel (SAF)”, de energia renovável para a aviação.
Na reunião estavam presentes os diretores da consultoria Datagro, Plínio e Luiz Fernando Nastari, e o presidente da Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético, deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).
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O motivo da agenda foi a entrega de um convite a Alckmin para participação em evento da consultoria sobre a conclusão da safra de cana-de-açúcar no Centro-Sul em outubro.
Mais cedo, Alckmin discutiu o plano para combustíveis sustentáveis com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa.
*Estadão Conteúdo.
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