Economia
5 fatos para hoje: Bolsonaro critica mercado; G20 apoia imposto global
Alíquota mínima de 15% deve entrar em vigor em 2023.
1- Mercado financeiro é ‘nervosinho’ e ‘atrapalha em tudo’ o Brasil, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro voltou a chamar, no sábado, o mercado financeiro de “nervosinho” e o acusou de atrapalhar o Brasil “em tudo”, em meio a críticas de agentes econômicos às tentativas de seu governo de driblar o teto de gastos para conceder um benefício social temporário de R$ 400 até o final de 2022, ano eleitoral.
“O mercado tem que entender que se o Brasil for mal, eles vão se dar mal também. Parece até que nós somos um time jogando contra o outro, estamos no mesmo time. O mercado toda vez nervosinho atrapalha em tudo o Brasil”, disse Bolsonaro a jornalistas em Roma, onde participou neste fim de semana de encontro entre os líderes do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo.
Ele voltou a defender a criação de um novo programa social para atender os vulneráveis impactados pela pandemia de covid-19 e mais uma vez eximiu-se de responsabilidade pela atual situação econômica do Brasil.
Diante das ameaças ao atual arcabouço fiscal e em um cenário de inflação em alta, instituições financeiras têm revisado para baixo as previsões de crescimento da economia brasileira para este ano e o próximo.
2- Líderes do G20 apoiam imposto corporativo mínimo global para começar em 2023
Líderes das 20 maiores economias do mundo reunidos em encontro de cúpula do G20 decidiram apoiar um acordo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) por um imposto corporativo mínimo e global de 15%, mostraram rascunhos da cúpula do G20 de dois dias neste sábado, com o objetivo de implementar as regras em 2023.
“Pedimos que a Estrutura Inclusiva sobre a Erosão da Base e Transferência de Lucros da OCDE/G20 desenvolvam rapidamente as regras modelo e instrumentos multilaterais concordados no Plano Detalhado de Implementação, com o objetivo de garantir que as novas regras entrem em vigor globalmente em 2023“, disseram as conclusões do rascunho, vistas pela Reuters.
Em outubro, 136 países chegaram a um acordo por uma taxa mínima sobre corporações globais, incluindo gigantes da internet como Google (GOGL34), Amazon (AMZO34), Facebook (FBOK34), Microsoft (MSFT34) e Apple (AAPL34) para dificultar a evasão fiscal por meio de sedes estabelecidas em jurisdições com baixos impostos.
“É mais do que um acordo fiscal, é uma reformulação das regras da economia global”, afirmou uma autoridade dos EUA a repórteres.
3- Consequências serão vistas no clima se COP26 fracassar, diz premiê britânico
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse neste domingo que os esforços globais para enfrentar a mudança climática, que remontam a décadas atrás, fracassariam se as negociações das Nações Unidas em Glasgow durante a COP26 não forem bem sucedidas.
“Os países mais responsáveis pelas emissões históricas e atuais ainda não estão fazendo sua parte justa do trabalho”, disse Johnson aos repórteres após uma cúpula do G20, antes de voar para Glasgow para a COP26.
“Se quisermos evitar que a COP26 seja um fracasso, então isso deve mudar, e deve ficar claro que se Glasgow falhar, então tudo falhará“, afirmou.
4- Escassez de mão de obra atrapalha meta da Amazon
A escassez de mão de obra prejudicou o plano da Amazon.com de tornar a entrega em um dia o padrão para os assinantes de seu serviço de fidelidade Prime, atrasando sua busca por consolidar a liderança no comércio eletrônico, com custos aumentando antes da importante temporada de compras de fim de ano.
Os comentários do maior varejista online do mundo vêm no momento em que a força de trabalho surge como um contratempo significativo para os varejistas dos EUA, que já enfrentam problemas na cadeia de suprimentos, escassez de produtos, aumento da inflação e custos de transporte em disparada.
A Amazon, sediada em Seattle, disse que prevê US$ 4 bilhões em gastos adicionais com a força de trabalho durante o quarto trimestre, em meio à escassez de mão de obra impulsionada pela pandemia que dificultou a contratação de funcionários de depósitos e motoristas, e forçou a companhia a enviar pacotes para depósitos fora da rota planejada, mas que tinham equipe operando.
5- Pequenos negócios geraram 71% dos empregos até setembro
As micro e pequenas empresas (MPE) puxaram a criação de empregos formais em 2021. Dos cerca de 2,5 milhões de postos de trabalho formais criados no Brasil de janeiro a setembro, 1,8 milhão, o equivalente a 71% do total, originou-se em pequenos negócios.
A conclusão consta de levantamento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério da Economia. As MPE abriram 1,2 milhão de postos a mais que as médias e grande empresas nos nove primeiros meses de 2021.
Apenas em setembro, os negócios de menor porte foram responsáveis pela abertura de 72,5% das vagas formais no mês, com 227,9 mil de um total de 313,9 mil postos de trabalho criados no mês passado. Na divisão por setores da economia, somente os pequenos negócios apresentaram saldo positivo na criação de empregos em todos os segmentos.
(*Com informações de Reuters e Agência Brasil)
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