Após mais um corte de 0,5 ponto percentual da Selic nesta quarta-feira (20), o Brasil deixou a liderança como o país com a maior taxa de juros reais do mundo, sendo ultrapassado pelo México no ranking.
Segundo levantamento feito pela Infinity Asset e MoneYou com 40 países, considerando a inflação esperada para os próximos 12 meses, o país agora tem uma taxa de juro real de 6,4%, contra os 6,6% do México. Antes, o Brasil tinha liderado a lista por 7 vezes seguidas.
![Cidade do México (Cesar Salazar/Pixabay)](https://investnews.com.br/wp-content/uploads/2022/10/mexico-city-2267090_1280.jpg)
“O problema global na condução da política monetária continua, onde o Brasil reduz brevemente dúvidas na ancoragem das expectativas de inflação, no arcabouço fiscal aprovado com premissas excessivamente otimistas de superávit”, diz o relatório sobre o cenário interno.
“Os EUA continuam a registrar pressões inflacionárias e no mercado de trabalho, apesar de uma série de indicadores econômicos na linha negativa; o problema de crédito e do sistema bancário chinês cresce; a Europa registrou reações às elevações recentes de juros tanto na economia, como na inflação, enquanto; o Japão sinaliza a retirada de estímulos”, continua.
Veja também
- Uma na margem, outra na despesa: como os juros e o dólar castigam o varejo
- Lula não percebeu que inflação castiga mais do que a Selic, diz Zeina Latif
- Dólar volta a subir após declarações de Lula
- Copom: voto unânime na Selic em 10,5% pode embaralhar sucessão do BC
- Com piora fiscal, Selic deve ficar em 10,5% até o fim de 2025, prevê economista-chefe do Citi