O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta segunda-feira (09) que o reajuste no valor médio do Bolsa Família não deve chegar a 100%, como ele mesmo chegou a cogitar na semana passada, mas garantiu um aumento acima de 50%.
Em entrevista a uma rádio online da Bahia, Bolsonaro afirmou que gostaria de dobrar o valor do benefício –que passaria dos atuais R$ 192 em média para quase R$ 400–, mas que não pode “ser irresponsável com a economia”.
“Estamos em fase quase final de definirmos um novo valor do Bolsa Família“, disse. “Nós acertamos aqui no mínimo 50% de reajuste no Bolsa Família. Nós queremos 100%, mas temos que ter responsabilidade. A economia não pode quebrar. Se quebrar a economia não adianta você ganhar R$ 1 milhão por mês que você não vai dar para comprar um pãozinho.”
A ideia de reajuste de 100% no Bolsa Família veio de pressões políticas para encorpar o programa mirando as eleições de 2022, mas enfrenta resistência da equipe econômica, que tem tido dificuldades para encontrar orçamento até mesmo para o reajuste de 50%.
O presidente deve ir ainda na manhã desta segunda ao Congresso levar a medida provisória com as modificações no programa, que terá seu nome alterado para Auxílio Brasil. O texto, no entanto, não deverá ter ainda o reajuste do programa.
Bolsonaro entregará ainda ao Congresso a Proposta de Emenda à Constituição que altera o pagamento de precatórios –dívidas judiciais da União– e cria um fundo extra-teto de gastos com recursos que devem vir de privatizações para ajudar a pagar o novo programa social.
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