O governo da China pretende estimular o consumo no país por meio do aumento da renda da população, segundo a agência estatal Xinhua, que citou um comunicado do Conselho de Estado neste domingo (17).

Entre as medidas anunciadas estão a estabilização dos mercados de ações e do setor imobiliário, além de incentivos para elevar a taxa de natalidade. O objetivo é aliviar as pressões deflacionárias que têm afetado a economia chinesa nos últimos meses.

De acordo com a Xinhua, Pequim pretende promover um “crescimento razoável” dos salários e estabelecer um mecanismo mais eficiente para o reajuste do salário mínimo. Além disso, o governo estuda criar um sistema de subsídios para cuidados infantis e reforçar o papel dos investimentos como forma de estimular o consumo interno.

A retomada do consumo tem sido um grande desafio para a China desde o fim da pandemia. As vendas no varejo seguem fracas e, em fevereiro, os preços ao consumidor registraram queda pela primeira vez em mais de um ano, sinalizando um cenário de deflação.

Estimular consumo será prioridade

A preocupação com o consumo ficou evidente nas reuniões parlamentares anuais deste mês, quando a liderança do país estabeleceu, pela primeira vez desde que Xi Jinping chegou ao poder há mais de uma década, que impulsionar a demanda interna será a prioridade máxima do governo.

Na sexta-feira, os mercados acionários chineses reagiram positivamente, registrando a maior alta em dois meses. O movimento ocorreu após o Conselho de Estado anunciar que autoridades do Ministério das Finanças, do Banco Central e de outros órgãos do governo realizarão uma coletiva de imprensa na segunda-feira para detalhar as novas medidas de estímulo ao consumo.

Entre as iniciativas divulgadas estão:

As novas diretrizes fazem parte do esforço contínuo de Pequim para revitalizar a economia e impulsionar o crescimento, especialmente diante dos desafios impostos pela deflação e pela desaceleração do consumo interno.