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Economia

China deve adotar abordagem gradual para impulsionar ainda mais economia, dizem analistas

Por Anisha Sircar

(Reuters) – A China deve persistir com uma abordagem gradual para estimular sua economia, mesmo que as recentes ações de suas autoridades não consigam reavivar a confiança sem mais reformas no lado da oferta e medidas agressivas de afrouxamento, disseram observadores do mercado.

Nesta semana, a China anunciou a maior redução já registrada na taxa de referência para hipotecas – uma medida que deixou os mercados pouco impressionados.

Howe Chung Wan, chefe de renda fixa da Ásia na Principal Asset Management, prevê uma abordagem mais gradual por parte das autoridades chinesas, disse ele ao Reuters Global Markets Forum.

“As autoridades estão concentrados em lidar com as questões estruturais de médio prazo relacionadas a dívidas, imóveis e outras partes da economia em que a alavancagem é excessiva”, disse Wan.

Ao mesmo tempo, eles querem garantir que a “economia não entre em uma espiral” usando medidas específicas para apoiar a natureza cíclica da economia chinesa, disse ele. “Portanto, não são esperadas grandes medidas de apoio.”

Alicia Garcia Herrero, economista-chefe da Natixis para a região Ásia-Pacífico, disse que o corte da taxa primária de empréstimo (LPR) realizado nesta semana pelo Banco do Povo da China “é muito pouco e muito tarde”.

O banco central chinês corre o risco de ficar para trás com essa abordagem, uma vez que os dados que mostram que a inflação da China caiu 0,8% em janeiro exigem uma ação muito mais rápida, disse Herrero.

Chi Lo, estrategista sênior de mercados para a Ásia-Pacífico do BNP Paribas Asset Management, destacou a necessidade de manter os juros reais significativamente abaixo do crescimento da produção real para sustentar o crescimento econômico e reduzir a dívida.

“O afrouxamento monetário precisa continuar, com uma injeção mais agressiva de liquidez”, disse Lo, acrescentando que, se a ação do banco central continuar sendo insuficiente, o crescimento do PIB pode ficar preso em torno de 4% a 5%, o que poderá prejudicar ainda mais as perspectivas de lucros das empresas e os preços dos ativos.

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