A confiança do consumidor no Brasil recuou em agosto pela primeira vez desde março deste ano, com desemprego, inflação e temores sobre a disseminação da variante Delta do coronavírus elevando as dúvidas entre várias faixas de renda, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas nesta quarta-feira.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV recuou 0,4 ponto em agosto, para 81,8 pontos, patamar considerado baixo em termos históricos. Essa foi a primeira queda desde março, quando o indicador teve leitura de 68,2.
Em agosto, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 1,1 ponto, a 69,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) teve variação positiva de 0,1 ponto, a 90,9.
“Há maior dificuldade entre os consumidores de menor poder aquisitivo, que enfrentam uma combinação de desemprego e inflação elevados e o e crescimento do endividamento nos últimos meses”, explicou em nota Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens.
Paralelamente, a confiança dos consumidores de maior poder aquisitivo também recuou em agosto, “possivelmente em função do aumento da incerteza em relação à pandemia com o avanço da variante Delta no país, ao adicionar dúvidas quanto ao ritmo possível de crescimento econômico nos próximos meses”, afirmou Bittencourt.
Segundo a FGV, a análise por faixas de renda mostrou piora generalizada da confiança, exceto para os consumidores com renda entre 2.100,01 e 4.800,00 reais, cujo indicador foi a uma máxima desde dezembro de 2020.
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