A taxa de desemprego no Brasil subiu para 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro, atingindo 12,3 milhões de pessoas, segundo dados da PNAD Contínua, divulgados nesta terça-feira (31) pelo IBGE. O aumento, na comparação com o trimestre terminado em novembro (11,2%), interrompeu dois trimestres seguidos de quedas estatisticamente significativas no desemprego. São 479 mil pessoas a mais nesta condição, de lá para cá.
Por outro lado, a taxa de desocupação continuou caindo na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro de 2019, quando ficou em 12,4%. O aumento na desocupação não veio do comércio, setor que, tradicionalmente, costuma demitir no início do ano os profissionais contratados temporariamente para o Natal.
Desta vez, a alta foi puxada pelos setores de construção (-4,4%), administração pública (-2,3%) e também pelos serviços domésticos (-2,4%).
Renda do trabalhador
A renda média real do trabalhador, segundo o IBGE, foi de R$ 2.375 no trimestre encerrado em fevereiro. O resultado mostra alta de 3,9% em relação ao número do mesmo período do ano anterior.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 217,6 bilhões no trimestre até fevereiro, alta de 6,2% ante igual período do ano anterior.
Informalidade cai para 40,6%
Já a taxa de informalidade caiu de 41,1% no trimestre de setembro a novembro de 2019 para 40,6% no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, mais ainda representando um total de 38 milhões de informais. Nesse grupo estão os trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregadores sem CNPJ, os conta própria sem CNPJ e trabalhadores familiares auxiliares.
Segundo o IBGE, a queda da informalidade está concentrada na redução de contingentes de trabalhadores por conta própria sem CNPJ e também de trabalhadores empregados sem carteira.
Coleta somente por telefone
O IBGE passou a coletar os dados da PNAD Contínua apenas por telefone durante o período de isolamento social, seguindo as orientações do Ministério da Saúde para conter o avanço do novo coronavírus.
