Após os avanços recentes, o dólar emplacou sua segunda sessão consecutiva de queda, a R$ 5,39 – baixa de 0,94%, após ter atingido na quinta-feira passada o maior valor de fechamento em quase dois anos, R$ 5,46. Nos dois últimos dias úteis, a moeda norte-americana acumula baixa de 1,31%.
A moeda americana oscilou no território negativo ante o real durante toda a sessão. Um dos fatores para a queda era a realização de lucros por parte de alguns agentes, após os fortes avanços do dólar.
Até o início da sessão desta segunda-feira o dólar tinha subido 12% em 2024, com altas semanais nas últimas cinco semanas, o que abria espaço para ajustes.
Além do movimento de realização, a baixa da moeda americana nesta segunda-feira era justificada pelo exterior, onde o dia foi de valorização quase generalizada das divisas de exportadores de commodities ou emergentes. O dólar tinha baixas firmes ante o peso colombiano e o peso mexicano, por exemplo.
A moeda oscilou entre a máxima de R$ 5,4378 (-0,21%), logo na abertura, e a mínima, de R$ 5,3764 (-1,19%), às 10h58.
A queda do dólar ante o real ocorreu em paralelo à alta firme do Ibovespa (1,07%) e da queda das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), em um dia de modo geral positivo para os ativos brasileiros. A sessão transcorreu sem a divulgação de indicadores importantes e sem declarações de autoridades em Brasília que gerassem ruídos.
Investidores também aguardavam a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a ser divulgada na terça-feira. O documento trará mais detalhes sobre a manutenção da taxa Selic em 10,50% na semana passada, em decisão unânime.
Além disso, há expectativa pela divulgação de dados econômicos importantes no Brasil e no exterior ao longo da semana. Por aqui, IPCA-15 na quarta-feira. Nos EUA, o PCE, indíce de inflação preferido do Fed, na sexta.
Às 17h25, o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes – caía 0,38%, a 105,480.
(Por Fabricio de Castro)
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