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Economia

Dólar tem leve queda frente ao real com expectativa por ata do Fed

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) – O dólar tinha leve queda frente ao real nesta segunda-feira, com operadores trabalhando em modo de espera antes da ata da última reunião do Federal Reserve, em dia sem grandes catalisadores devido a feriado nos Estados Unidos.

Às 10:15 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,16%, a 4,9598 reais na venda, em sessão que deve contar com volumes reduzidos devido ao feriado do Dia dos Presidentes nos EUA, segundo operadores.

Na B3, às 10:15 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,2%, a 4,9650 reais.

“No Brasil, o calendário local após o Carnaval foi exclusivamente leve, sem notícias econômicas ou políticas dignas de nota… Nos próximos dias, também veremos poucas notícias ou dados por aqui, o que deve fazer os holofotes serem direcionados especialmente aos dados dos países desenvolvidos”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercado do Ebury Bank.

Entre os destaques da semana ele destacou a ata da reunião do Federal Reserve de janeiro, dados de Índices de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) e discursos de membros do banco central norte-americano.

Em sua última reunião de política monetária, o banco central dos Estados Unidos não deu qualquer indício de que um corte nos juros é iminente e afirmou que o Comitê Federal de Mercado Aberto, que define a política monetária, “não espera que seja apropriado reduzir a faixa de juros até que tenha adquirido maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%”.

Recentemente, após dados de inflação mais fortes do que o esperado nos EUA, operadores adiaram suas apostas sobre o momento de um primeiro corte de juros pelo Fed, com junho se tornando uma opção mais provável. No final do ano passado, março era visto como o momento mais plausível para o início do afrouxamento monetário.

Quanto mais tempo os juros norte-americanos ficam em patamar elevado, mais o dólar tende a se beneficiar globalmente, uma vez que a rentabilidade do mercado dos EUA segue atraente. E o contrário também vale: cortes de juros na maior economia do mundo tornam o dólar menos interessante do que pares emergentes de retornos elevados, como o real.

No Brasil, a taxa Selic está atualmente em 11,25%, após cinco cortes consecutivos pelo Banco Central, que deve seguir com o afrouxamento monetário ao longo dos próximos meses. Embora isso reduza o diferencial de rendimento entre Brasil e EUA, participantes do mercado têm dito que a manutenção do ritmo de reduções, sem espaço para cortes mais intensos, limita o impacto negativo na moeda local.

O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, disse na semana passada que a sinalização feita pela autarquia sobre cortes futuros de juros deu bom resultado até o momento e que não há razão para mudar a estratégia de comunicação do Copom.

“Nesse sentido, os nervos dos investidores devem ser acalmados, já que os cortes de mesma magnitude devem ser mantidos até o final do ano, direcionando a negociação dos mercados exclusivamente a eventos no exterior”, disse Moutinho.

Na última sessão, a moeda norte-americana à vista fechou o dia cotada a 4,9675 reais na venda, em leve baixa de 0,02%.

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