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Economia

Ibovespa recua 0,49%; BRF dispara 10%, após elevação de recomendação por bancos

O índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,49% nesta segunda-feira (15), aos 125.333,89 pontos. Na máxima do dia, chegou a 126.250,41 pontos, já na mínima, a 125.033,98 pontos. O volume financeiro somou R$ 27,2 bilhões.

O indicador quase perdeu o patamar dos 125 mil pontos no pior momento, seguindo o sinal negativo em Wall Street com pessimismo renovado em torno do momento do primeiro corte de juros nos Estados Unidos.

As ações da BRF (BRFS3), no entanto, foram o destaque positivo da sessão, com alta de mais de 10%, após Goldman Sachs e JPMorgan elevarem recomendação e preço-alvo para o papel. Outras processadoras de alimentos como Marfrig (MRFG3) e JBS (JBSS3) também apresentaram bom desempenho no pregão. 

Para Luís Moran, head da EQI Research, o indicador brasileiro segue sensível ao comportamento das bolsas nos EUA, que recuaram diante de uma fuga dos ativos de risco.

“É um pessimismo renovado”, afirmou Moran. “Os primeiros resultados que começaram a sair (de bancos e inflação), na sexta-feira principalmente, vieram ruins.”

Somando-se às leituras da semana passada, dados do varejo norte-americano acima das expectativas nesta segunda-feira reforçaram a perspectiva de juros altos por mais tempo, o que elevou os rendimentos do Treasury de dez anos a mais de 4,6%.

Na cena doméstica, o governo propôs uma meta de superávit primário zero para 2025, em uma redução do esforço fiscal anunciado anteriormente, que previa superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano.

Análise gráfica do BB para a semana apontou para uma desvalorização do Ibovespa, “diante das questões fiscais domésticas e conjugada à expectativa esperada para ambiente internacional”.

Dólar

O dólar à vista emplacou nesta segunda-feira a quarta sessão consecutiva de alta e encerrou no maior valor ante o real desde março do ano passado. O avanço ocorre após dados do varejo dos EUA reforçarem a perspectiva de juros altos por mais tempo e o mercado receber com pessimismo a redução da meta fiscal brasileira para 2025.

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1835 reais na venda, em alta de 1,21% – o maior valor de fechamento para a moeda norte-americana desde 27 de março de 2023, quando encerrou em R$ 5,2075. Em abril, acumula elevação de 3,35%.

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