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Economia

Engie Brasil bate recorde de geração eólica em julho

Companhia busca ampliar o fator de capacidade e sua participação no segmento.

engie
REUTERS/Matthew Childs

A elétrica Engie (EGIE3) registrou no último dia 22 uma máxima recorde de geração de energia eólica, ao atingir 1.105,19 megawatts (MW) em uma média de cinco minutos, em momento em que a companhia busca ampliar o fator de capacidade e sua participação no segmento.

De acordo com a controlada da francesa Engie, o incremento em seu fator de capacidade de geração eólica ao longo do primeiro semestre de 2021 foi de 10,6 pontos percentuais em comparação com igual período do ano anterior.

Com isso, disse a empresa, foram registrados sucessivos recordes de geração eólica desde maio. Na máxima de 22 de julho, o terceiro dia no mês em que a Engie atingiu picos superiores a 1 gigawatt (GW), o fator de capacidade bateu 89,2%.

“Essa é quase toda a capacidade instalada na fonte na data, com 411 aerogeradores”, afirmou a companhia em nota enviada à Reuters.

Os recordes reportados pela Engie ocorrem em linha com máximas de geração eólica registradas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no Nordeste, onde estão localizados os principais ativos da empresa no segmento.

Segundo o ONS, em 22 de julho a geração eólica no Nordeste atingiu pela primeira vez montante suficiente para atender a 102% da demanda da região, com 11.399 MW médios, quebrando recorde que havia sido estabelecido justamente no dia anterior.

Próximos passos

O ONS espera que a energia eólica represente 11,2% da matriz elétrica brasileira ao final deste ano, ante 10,7% atualmente, em momento em que o país passa por uma grave crise hídrica, que tem comprometido a geração hidrelétrica –principal fonte de energia do Brasil.

Nesse sentido, a Engie Brasil Energia destacou que pretende seguir ampliando sua fatia no segmento eólico. Entre os próximos passos, segundo a empresa, está a entrada em operação parcial do Conjunto Eólico Campo Largo, localizado nos municípios de Umburanas e Sento Sé (BA).

Com a operação de Campo Largo integral, prevista para entre agosto e setembro, a Engie espera somar 1.262,8 MW em capacidade instalada em energia eólica no Brasil, sendo a maior parte na Bahia, e ampliar a oferta de energia no ambiente livre, no qual indústrias e empresas de grande porte negociam contratos diretamente com geradoras ou comercializadoras.

“A Engie também iniciou a implantação do Conjunto Eólico Santo Agostinho, localizado nos municípios de Lajes e Pedro Avelino, no Rio Grande do Norte”, acrescentou a empresa, estimando que o projeto –com investimento de 2,2 bilhões de reais e 434 MW de capacidade para direcionamento ao mercado livre– entre em operação comercial até março de 2023.

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