O mercado passou a precificar com mais força um corte maior da taxa Selic na reunião da semana que vem do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Segundo dados da B3 sobre contratos de Opção de Copom, nesta quarta-feira (26) a probabilidade de redução de 0,5 ponto percentual estava em 58,5%, contra 37,5% de baixa de 0,25 p.p. No dia anterior, os números eram de 47% e 45,5%.
A agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito soberano do Brasil a “BB”, contra “BB-” antes, com perspectiva estável, e atribuiu a mudança a um desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado.
“A elevação (do rating) do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos”, disse a agência em relatório nesta quarta-feira.
Para o economista André Perfeito, “este é mais um elemento que se soma aos outros que estão na mesa do Banco Central para a reunião do Copom semana que vem”.
Ele cita ainda outros fatores como melhora dos indicadores e expectativas para inflação e dados econômicos mais fracos. “Tudo isso conspira para um corte de 50 pontos base”.
Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos, comenta que a notícia da melhora da avaliação a Fitch é um “reconhecimento da melhora” nas perspectivas fiscais, e está impactando tanto os juros quanto o câmbio nesta quarta – ampliando um movimento iniciado com mais força no dia anterior após a divulgação da prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de julho.
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