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Economia

Ficou sabendo? Isenção de IR para investidor estrangeiro; Airbus alivia pressão

Governo edita MP para isentar de IR investidor estrangeiro em títulos privados; Airbus alivia pressão sobre fornecedores.

An Airbus SE A350 aircraft at the Wings India 2022 Air Show held at Begumpet Airport in Hyderabad, India, on Thursday, March 24, 2022. The air show runs through March 27.

Governo edita MP para isentar de IR investidor estrangeiro em títulos privados

O presidente Jair Bolsonaro editou medida provisória para isentar estrangeiros que investem em títulos privados do pagamento de Imposto de Renda sobre ganhos de capital, afirmou a Secretaria-Geral da Presidência da República nesta quarta-feira.

Será concedida isenção do imposto para ganhos com títulos de renda fixa emitidos por empresas, como debêntures, e títulos emitidos por bancos, como letra financeira, além de rendimentos de  Fundos de Investimento em Participações em Infraestrutura e Fundos de Investimento em Participação na Produção Econômica Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

Atualmente, investidores estrangeiros pagam imposto de 15% sobre ganhos de capital em títulos emitidos por empresas, mas estão isentos do imposto para investimentos no mercado de ações e na dívida pública. Os brasileiros pagam de 15% a 22,5% de alíquota de Imposto de Renda sobre retornos de títulos privados e públicos, dependendo do prazo de resgate.

A preparação da medida foi revelada pela Reuters em fevereiro passado. Posteriormente, o Ministério da Economia tentou articular a inclusão dessas isenções em um projeto que tramitava no Congresso. Agora, com a edição da MP, a medida tem vigor imediato, mas a isenção valerá apenas a partir de 2023.

De acordo com a secretaria, a iniciativa tem por objetivo equalizar as alíquotas do imposto com o propósito de ampliar o acesso de empresas brasileiras a capital estrangeiro.

“Para tanto, é conferido tratamento isonômico de alíquotas para investimento em ativos de renda fixa e de renda variável para investidores estrangeiros”, disse em nota.

De acordo com o governo, a medida vai gerar maior demanda de investidores não residentes, contribuindo para a entrada de recursos no país e a redução do custo de captação das empresas.

A implementação da iniciativa implica renúncia de receita de 1,3 bilhão de reais em 2023, 1,4 bilhão de reais em 2024 e 1,6 bilhão de reais em 2025.

Airbus alivia pressão sobre fornecedores

A Airbus está discretamente aliviando a pressão sobre os fornecedores para que se comprometam com um aumento acentuado da produção para 75 jatos de fuselagem estreita por mês até meados da década, em meio a dificuldades na cadeia de suprimentos, disseram fontes do setor.

Oficialmente, a empresa continua com a meta de alcançar produção de 75 jatos de fuselagem estreita por mês em 2025. Em julho, a companhia adiou em seis meses, para o início de 2024, uma meta provisória de 65 jatos da família A320 por mês, citando problemas na cadeia de suprimentos.

É provável que a empresa reafirme ambas as metas de produção em uma reunião com investidores no final desta semana, disseram fontes do setor.

Mas à medida que mais fornecedores alertam sobre a escassez de peças e mão de obra, a Airbus reconheceu nos bastidores os desafios de atingir a meta mais alta até 2025, mesmo mantendo a de 65 por mês –atualmente são 50 ou mais–, disseram as fontes.

Os pedidos de planos detalhados de como os fornecedores chegarão aos 75 estão “ficando silenciosos”, disse uma fonte aeroespacial sênior à Reuters.

“A meta de produção mensal da família A320 de 75 unidades para 2025 permanece inalterada”, afirmou um porta-voz da Airbus nesta quarta-feira.

Greg Hayes, presidente-executivo da Raytheon Technologies, maior fornecedora aeroespacial do mundo, questionou na semana passada a meta.

“Se você der uma olhada nas projeções para a Airbus, achamos que a Airbus em 2025 terá 65 (em um mês). E Guillaume (Faury, presidente-executivo da Airbus) pode falar em 75, mas nós achamos que 65 é viável”, disse ele em uma conferência do Morgan Stanley.

Outros dizem que a meta final é alcançável, mas não antes de 2026.

“Haverá solavancos ao longo do caminho. Eles podem chegar a 75 (por mês), mas não necessariamente até 2025”, disse à Reuters o presidente-executivo da BOC Aviation, Robert Martin.

Muito dependerá de os fabricantes conseguirem resolver as dificuldades da cadeia de suprimentos no próximo ano, disse ele.

“Mas então temos um problema diferente: potencialmente há um problema de demanda, que é o que acontece na Europa em particular.”

O porta-voz da Airbus disse na quarta-feira que as decisões de produção da empresa seguem “análise da demanda global” e uma avaliação do ecossistema industrial.

Juros mais altos devem moderar crescimento nos EUA e no mundo, diz CEO do Citigroup

A presidente executiva do Citigroup (CTGP34), Jane Fraser, disse ao Congresso norte-americano nesta quarta-feira que juros mais altos para controlar a inflação devem moderar o crescimento econômico nos Estados Unidos e no restante do mundo.

“Estamos muito preocupados com os altos preços que os consumidores estão enfrentando nos Estados Unidos e, de fato, em todo o mundo”, afirmou ela em resposta a uma pergunta durante audiência no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos EUA.

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