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Economia

Ficou sabendo? Meta estima menor receita; Ford e Boeing surpreendem mercado

A Meta, dona do Facebook, estima que a receita do terceiro trimestre venha abaixo das estimativas. Ford e Boeing têm resultados acima das expectativas.

Smartphone mostra o logotipo da Meta em frente aos logotipos do Facebook, Messenger, Intagram, Whatsapp e Oculus 28/10/2021 REUTERS/Dado Ruvic/

Meta projeta receitas abaixo das estimativas

A Meta, dona do Facebook (FBOK34), estimou nesta quarta-feira receita do terceiro trimestre de 2022 abaixo das estimativas após registrar sua primeira queda trimestral de receita, em meio à fraqueza geral no mercado de anúncios digitais.

A ação da empresa caía cerca de 5% nas negociações pós-mercado.

A empresa disse que espera uma receita no terceiro trimestre entre 26 bilhões e 28,5 bilhões de dólares. Analistas esperavam 30,52 bilhões, segundo dados do IBES, da Refinitiv.

O resultado da Meta destaca a desaceleração induzida pela inflação no setor de anúncios digitais, que vem crescendo há décadas à medida que as empresas aproveitam o poder da internet para alcançar os consumidores.

A Meta enfrenta uma série de desafios, incluindo a forte concorrência do TikTok e da Amazon.com por anúncios e um impacto na receita das mudanças de privacidade da Apple no sistema operacional móvel iOS.

Para o trimestre encerrado em 30 de junho, a Meta disse que a receita total, a maior parte proveniente de anúncios, caiu para 28,82 bilhões, ante 29,08 bilhões de dólares um ano antes.

O lucro líquido da empresa caiu para 6,69 bilhões, ou 2,46 dólares por ação, de 10,39 bilhões, 3,61 dólares por ação, um ano antes.

Ford tem lucro trimestral acima do esperado

 A Ford (FDMO34) divulgou nesta quarta-feira um lucro melhor do que o esperado no segundo trimestre e reafirmou sua estimativa para o ano, mas disse que a administração está “analisando ativamente” como compensar custos crescentes.

O lucro da montadora subiu a 667 milhões de dólares, com o lucro diluído por ação de 0,16 dólar ante 0,14 dólar um ano antes.

As ações da Ford subiam 7% nas negociações pós-mercado.

Os resultados foram impulsionados por veículos de maior margem, parcialmente compensados por maiores custos e despesas de commodities, disse a empresa. A Ford afirmou esperar que os custos com commodities aumentem em 4 bilhões de dólares no ano.

A receita do trimestre saltou para 40 bilhões de dólares, bem acima dos 26,8 bilhões do mesmo período do ano anterior, quando problemas na cadeia de suprimentos reduziram a produção. Analistas esperavam receita de 34,3 bilhões.

Boeing surpreende, mas alerta sobre logística

A Boeing (BOEI34) surpreendeu Wall Street nesta quarta-feira ao gerar caixa com as operações no segundo trimestre e manteve meta de fluxo de caixa para o ano em um sinal de que a companhia está gradualmente superando problemas de produção.

A fabricante de aviões projetou um fluxo de caixa maior no segundo semestre e no próximo ano a partir de um aumento esperado nas entregas de jatos 737 e 787.

A empresa disse que as restrições da cadeia de suprimentos limitaram sua capacidade de aumentar a produção de jatos, apesar da demanda “significativa”. Agora, espera entregar menos jatos 737 MAX este ano devido a problemas de fornecimento e atrasos nas entregas a clientes chineses.

O presidente-executivo, Dave Calhoun, disse que a Boeing está trabalhando com reguladores para certificações até o final deste ano da versão mais curta do 737 MAX, 7, e da mais longa, 737 MAX 10; e está em “estágios finais” de preparação para reiniciar as entregas do 787 Dreamliner.

Preocupações com cadeia de fornecimento

Embora a Boeing não tenha visto nenhum recuo na demanda por aeronaves, a companhia afirmou que gargalos de fornecimento determinarão a produção e as taxas de entrega dos jatos 737 e 787.

A Boeing disse que pretende estabilizar a taxa de produção do 737 em 31 unidades por mês e espera que as entregas do MAX este ano estejam mais próximas de 400 ante estimativa anterior de cerca de 500.

A Boeing teve prejuízo ajustado maior do que o esperado no segundo trimestre, de 0,37 dólar por ação, devido a encargos na unidade de produtos militares, espaço e segurança. O fluxo de caixa operacional foi de 81 milhões de dólares no trimestre.

No geral, a Boeing queimou 182 milhões de dólares em caixa no trimestre até junho, muito menos do que a saída de caixa de 3,6 bilhões de dólares no primeiro trimestre. Analistas esperavam uma queima de caixa de 1,2 bilhão, conforme dados da Refinitiv.

“Embora os resultados do segundo trimestre ainda estejam longe de serem perfeitos, este é o trimestre mais limpo da Boeing em um tempo”, disse Robert Spingarn, analista da Melius Research.

O fluxo de caixa da Boeing tornou-se um ponto focal para os investidores, já que a fabricante de aviões fez grandes empréstimos para enfrentar sucessivas crises causadas pela proibição de voos do 737 MAX e pela pandemia. A dívida da empresa era de 57,2 bilhões de dólares em 30 de junho.

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