Citi diz que recessão pode derrubar petróleo para US$ 45 em 2023
O petróleo pode cair para US$ 65 o barril até o final deste ano e depois para US$ 45 até o final de 2023 se ocorrer uma recessão que prejudique a demanda, alertou o Citigroup.
Essa perspectiva é baseada na ausência de qualquer intervenção dos produtores da Opep+ e um declínio nos investimentos em produção, disseram analistas do banco, incluindo Francesco Martoccia e Ed Morse, em um relatório. O Brent, petróleo de referência global, era negociado perto de US$ 107 o barril na terça-feira (5).
O petróleo disparou este ano após a invasão da Ucrânia, e os bancos agora tentam traçar sua trajetória em 2023 à medida que autoridades monetárias aumentam juros e crescem os riscos de recessão. A perspectiva do Citi comparou o atual mercado de energia com as crises da década de 70. Atualmente, os economistas do banco não esperam que os EUA mergulhem em recessão.
“As evidências históricas sugerem que a demanda por petróleo fica negativa apenas nas piores recessões globais”, disseram os analistas do Citi. “Mas os preços do petróleo caem em todas as recessões para perto de seu custo marginal.”
Banco de criptomoedas Nexo planeja comprar Vauld
O banco de criptomoedas Nexo disse nesta terça-feira que planeja comprar a concorrente Vauld, no mais recente sinal de consolidação no setor de moeda digital à medida que os preços dos ativos despencam.
A Nexo, com sede em Londres, disse que comprará até 100% da Vauld e “reorganizará suas operações futuras com o objetivo de acelerar presença na Ásia”, mas não informou quando e por quanto o negócio seria acertado.
A Vauld, com sede em Cingapura, disse na segunda-feira que suspendeu saques de seus mais de 800 mil clientes.
A Nexo visa “fornecer assistência imediata e aliviar as limitações de retirada implementadas na plataforma da Vauld”, disse a empresa em comunicado.
Atuando como bancos não regulamentados para o mundo das criptomoedas, os bancos de moedas digitais recebem depósitos de investidores de varejo, oferecendo retornos de até 20%, e emprestam tokens digitais.
O presidente-executivo da Vauld, Darshan Bathija, disse a um jornal em maio que a empresa tinha US$ 1 bilhão em ativos sob gestão.
Mas na segunda-feira, a Vauld afirmou que estava enfrentando “desafios financeiros” devido às condições voláteis do mercado. A empresa também comentou que “as dificuldades financeiras de nossos principais parceiros de negócios nos afetam inevitavelmente” e que os clientes sacaram cerca de US$ 200 milhões desde 12 de junho.
Unidade de veículos elétricos de chinesa Evergrande começará a receber encomendas
A China Evergrande New Energy Vehicle Group disse nesta terça-feira que começará a receber encomendas para seu primeiro modelo, um marco importante para a empresa controlada pelo grupo imobiliário mais endividado do mundo.
O início das encomendas do veículo utilitário esportivo ocorre depois que o presidente da Evergrande, Hui Ka Yan, prometeu mudar o principal negócio do grupo de imóveis para veículos em uma década.
O modelo totalmente elétrico é o Hengchi 5. As encomendas começam na quarta-feira.
A produção em massa do Hengchi 5 foi adiada para o terceiro trimestre, de acordo com declarações recentes de executivos da empresa.
A companhia diz que pretende fabricar 1 milhão de veículos por ano até 2025.
A Evergrande está cambaleando sob mais de US$ 300 bilhões em passivos. As ações da montadora de veículos do grupo estão suspensas de negociação desde abril, aguardando a publicação dos resultados anuais auditados para o exercício de 2021.
O grupo tem trabalhado em um plano de reestruturação da dívida. O braço automotivo tem enfrentado dificuldades para obter investimento externo e está negociando a venda de parte de seus ativos com potenciais compradores.
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