Os governos devem começar a planejar um retorno a orçamentos mais sustentáveis com políticas fiscais que ganhem a confiança dos investidores após o estímulo sem precedentes de combate à pandemia, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta quinta-feira.
Mas cada país deve determinar o momento e ritmo adequados para a consolidação fiscal, informou o FMI em seu relatório Monitor Fiscal.
Os planos fiscais precisam considerar o estágio da pandemia, as vulnerabilidades fiscais existentes, o risco de cicatrizes econômicas, as pressões por parte do envelhecimento da população, as necessidades de desenvolvimento e as dificuldades históricas na arrecadação de receitas.
O capítulo do relatório intitulado “Fortalecendo a Credibilidade das Finanças Públicas” afirma que os países podem ganhar tempo e tornar a estabilização da dívida menos dolorosa ao se comprometerem com a sustentabilidade fiscal com estruturas confiáveis de médio prazo.
“Quando os credores confiam que os governos são fiscalmente responsáveis, o financiamento de déficits maiores e rolagens de dívida se tornam mais fáceis”, disse o FMI.
Mas o Fundo acrescentou que os planos fiscais devem ser flexíveis para permitir uma estabilização das economias e evitar cortes em investimentos públicos importantes.
Veja também
- Como criar uma cultura empresarial de sucesso?
- Risco fiscal: ‘Governo perdeu benefício da dúvida do mercado’, diz especialista
- Não é só inflação: por que o preço do carro zero está bem maior que há 10 anos
- Bancos devem perder mercado se não investirem em digitalização, diz estudo
- Méliuz, Rumo e Kepler Weber: os destaques por trás de um Ibovespa quase de lado
- Mulheres na liderança do capital aberto ainda são raridade, aponta B3