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Economia

Governo dos EUA pode faltar com pagamentos ainda em dezembro, diz instituição

Projeção do Centro de Política Bipartidária ressalta a crescente pressão sobre o partido do presidente Joe Biden para encontrar uma maneira de elevar o limite da dívida atual.

Joe Biden
Presidente dos EUA, Joe Biden, no Salão Oval da Casa Branca 21/01/2021 REUTERS/Tom Brenner

Um think tank (tipo de instituição que se dedica a produzir conhecimento sobre temas políticos) bipartidário alertou nesta sexta-feira que o governo norte-americano poderia começar a faltar com alguns pagamentos a partir de 21 de dezembro se o Congresso não aumentar o limite da dívida, enquanto democratas e republicanos do alto escalão buscam uma solução para essa calamidade financeira.

A projeção do Centro de Política Bipartidária, baseada em dados oficiais atualizados sobre receitas fiscais e gastos do governo, ressalta a crescente pressão sobre o Partido Democrata do presidente Joe Biden para encontrar uma maneira de elevar o limite da dívida –atualmente de US$ 28,9 trilhões — e evitar as pesadas repercussões econômicas que os pagamentos perdidos poderiam causar.

Líderes do Congresso, incluindo o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, e seu par republicano, Mitch McConnell, exploram a possibilidade de vincular o teto da dívida ao Ato de Autorização de Defesa Nacional (NDAA, na sigla em inglês), de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto.

O Congresso aprovou uma legislação na quinta-feira para financiar o governo até meados de fevereiro, evitando, por enquanto, risco de uma paralisação parcial. Mas a tarefa de superar diferenças partidárias sobre o teto da dívida pode ser mais difícil e apresentar riscos muito mais severos.

Assim que o Departamento do Tesouro atingir seu limite de endividamento, terá apenas receitas fiscais para pagar suas contas e, uma vez que toma emprestado quase 40 centavos de dólar para cada dólar que gasta, começaria a deixar de pagar valores devidos a credores, cidadãos ou ambos.

Ondas de choque afetariam os mercados financeiros globais, e os cortes de gastos internos empurrariam a economia dos EUA para uma recessão, com o governo deixando de pagar tudo desde benefícios da Previdência Social a soldos.

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