O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) marcou o segundo mês consecutivo de deflação em agosto, ainda sob o impacto da redução dos preços dos combustíveis e apontando também alívio em preços de itens ao consumidor como alimentação e educação, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (8).
O IGP-DI caiu 0,55% em agosto, contra queda de 0,44% esperada por analistas, segundo pesquisa da Reuters, e após uma retração de 0,38% em julho.
Em 12 meses, o índice passou a acumular alta de 8,67%.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,63% no mês passado, ante queda de 0,32% no mês anterior. A taxa do grupo Bens Finais recuou 0,90%, influenciada por uma queda de 7,10% dos combustíveis para consumo.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou -0,57% em agosto, após queda de 1,19% em julho.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,09% em agosto, ante alta de 0,86% no mês anterior.
“Os combustíveis fósseis foram determinantes para a desaceleração da inflação ao produtor e ao consumidor”, afirmou em nota André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV. “No IPA, a gasolina caiu 8,83%, refletindo as reduções de preço deste combustível na refinaria, onde está livre de impostos e frete. No IPC, o preço da gasolina caiu 11,62%, devido a redução do ICMS e dos preços na refinaria.”
Veja também
- Dólar a R$ 6,00 e pressão sobre os juros: o contágio do ‘Trump trade’ para o Brasil
- Inflação acelera no Brasil e México com alta no preço de alimentos e energia
- Eventual vitória de Trump nos EUA amplia pressão de alta do dólar no Brasil
- Efeitos da estiagem sobre energia e alimentos pressionam IPCA em setembro
- Inflação nos EUA tem alta moderada em agosto e reforça previsão de corte de juros na próxima semana