O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 1,83% em fevereiro, depois de ter iniciado o ano com avanço de 1,82%, impulsionado por importantes commodities no atacado, bem como combustíveis.
Os dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas levam o avanço acumulado em 12 meses do indicador a 16,12%. A expectativa em pesquisa da Reuters era de uma alta de 1,86% no mês.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, subiu 2,36% em fevereiro, de 2,30% em janeiro.
“A inflação ao produtor fechou o mês de fevereiro sob influência dos preços de grandes commodities, como soja (de 4,05% para 8,91%), milho (de 5,64% para 7,92%) e combustíveis, com destaque especial para o óleo diesel (de 2,30% para 5,53%)”, destacou André Braz, coordenador dos índices de preços, explicando que esses três itens respondem por 45% da taxa do IPA.
A FGV informou ainda que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, desacelerou a alta a 0,33%, de 0,42% no primeiro mês do ano.
A principal contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação, com queda de 0,10% depois de alta de 0,94% em janeiro.
Por sua vez, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve avanço de 0,48% no período, depois de subir 0,64% no mês anterior.
O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
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