O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil teve ligeira queda em julho, interrompendo três meses consecutivos de alta, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (04) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, cedeu 0,8 ponto no mês passado, a 81,1 pontos, mas seguiu perto de um pico em sete meses atingido em junho.
“… o IAEmp parece dar sinais de desaceleração do mercado de trabalho…O resultado ainda não parece ser uma reversão da tendência positiva dos últimos meses, mas sugere perda de força dessa retomada (do índice) ao longo do ano”, disse em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.
“Medidas de estímulo à economia feitas pelo governo podem sustentar esse cenário mais favorável no curto prazo, mas no médio prazo o enfraquecimento da atividade econômica tende a segurar o ritmo de recuperação do mercado de trabalho”, acrescentou.
Os componentes do IAEmp mostram que o indicador de Situação Atual dos Negócios da Indústria teve o maior impacto negativo no índice geral, de 0,5 ponto. O indicador de Emprego Previsto de Serviços, por sua vez, tirou 0,3 ponto da leitura de julho do IAEmp.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a taxa de desemprego do Brasil ficou em 9,3% nos três meses até junho, menor patamar para o período desde 2015.
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