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Economia

IPCA-15 desacelera em maio, mas fica acima do esperado

Em abril, o índice registrou alta de 1,73%.

IPCA-15
Supermercado no Rio de Janeiro 14/03/2020 REUTERS/Sergio Moraes

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,59 % em maio, sobre alta de 1,73 % no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,45% para o período.

Apesar da desaceleração, o índice registrou o resultado mais intenso para o mês em seis anos.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,93%.

O acumulado dos últimos 12 meses é de 12,20%, levemente superior aos 12,03% registrados em abril.

Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumento nos preços, exceto habitação (-3,85%), influenciado pela queda de 14,09% na energia elétrica.

A maior alta veio do setor de saúde e cuidados pessoais (2,19%), enquanto que transportes (1,80%), que desaceleraram em relação frente aos 3,3% registrados no mês anterior, tiveram impacto positivo no índice, assim como alimentação e bebidas (1,52%), que diminuíram frente aos 2,25% registrados em abril.

Subitens de maior impacto

No mês de maio, destacam-se: produtos farmacêuticos (5,24%), com 0,17 p.p., higiene pessoal (3,03%), com 0,11 p.p.; passagem aérea (18,40%), com 0,09 p.p.; gasolina (1,24%), com 0,08 p.p.; e etanol (7,79%), com 0,07 p.p.

A queda do grupo Habitação (-3,85%) foi puxada pela energia elétrica (-14,09%), influenciada pela retomada da bandeira verde, sem cobrança adicional da conta de luz.

Já o resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (2,19%) foi influenciado pela alta nos preços dos produtos farmacêuticos (5,24%), em decorrência do reajuste de até 10,89% autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). 

Nos Transportes (1,80%), a maior contribuição (0,09 p.p.) veio das passagens aéreas (18,40%), cujos preços subiram pelo segundo mês consecutivo (a alta havia sido de 9,43% em abril). Os combustíveis (2,05%) também seguem em alta, apesar do recuo em comparação com os 7,54% registrados em abril. A gasolina subiu 1,24%, enquanto o etanol subiu 7,79%.

Positivamente, houve variação subitem táxi (5,94%), por conta dos reajustes de 41,51% nas tarifas em São Paulo e Fortaleza.

Em Alimentação e bebidas (1,52%), a maior influência veio dos alimentos para consumo no domicílio (1,71%), destacando o leite longa vida (7,99%) e a batata-inglesa (16,78%), com as maiores altas.

Por fim, destaca-se a alta do item Comunicação (0,50%), dados os reajustes em vários serviços, como tv por assinatura (4,00%), plano de telefonia móvel (0,36%) e correio (2,41%).

* Com informações da Reuters

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