Diante da crise provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), o mercado financeiro passou a ver uma queda ainda maior do PIB brasileiro em 2020, para 4,11%, segundo o relatório do boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (11). Há uma semana, a estimativa era de que a economia encolheria 3,76% este ano.
A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano subiu para R$ 5,00, ante R$ 4,60 de um mês atrás. Já para 2021, a projeção dos economistas para o câmbio foi de R$ 4,75 para R$ 4,83, ante R$ 4,47 de quatro pesquisas atrás.
Já a expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador considerado a inflação oficial do país, caiu de 1,97% para 1,76% no final de 2020. Há um mês, estava em 2,52%. A projeção para o índice em 2021 passou de 3,30% para 3,25%. Quatro semanas atrás, estava em 3,50%.
A projeção dos economistas para a inflação já está bem abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%).
A expectativa de inflação no curto prazo tem sido bastante afetada pela perspectiva de que, com a pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica seja fortemente prejudicada, com impactos negativos sobre a demanda por produtos e baixa da inflação.
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA recuou 0,31% em abril – o menor índice desde agosto de 1998. No acumulado do ano, a taxa está positiva em 0,22%.
No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 foi de 1,36% para 1,97%. Para 2021, a estimativa do Top 5 passou de 3,20% para 3,00%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 2,62% e 3,45%, nesta ordem.