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Economia

Petróleo despenca mais de 13% com perspectiva de maior produção

Apesar da queda agora, cotação ainda acumula alta de cerca de 17% desde a invasão da Ucrânia.

REUTERS/Nick Oxford

Depois da disparada nos últimos dias em meio a receios sobre restrição de oferta, a cotação do petróleo tem dia de forte queda nesta quarta-feira (9). Na mínima do dia, o barril do Brent, referência internacional, chegou a cair mais de 17%, a US$ 106 o barril, ate fechar em queda de 13,2%, a US$ 111,14.

O economista-chefe da Necton, André Perfeito, aponta que a queda do petróleo, assim como outras commodities também nesta quarta, vem na esteira de notícias de que países como o Iraque aumentariam sua produção para minimizar os efeitos das sanções ao petróleo da Rússia.

Além disso, os Emirados Árabes Unidos disseram que o país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) apoiaria o aumento da produção .

“Vale notar que estamos num período de muita volatilidade e estes movimentos são normais, logo não podemos garantir que será continuada essa queda nas matéria primas”, disse Perfeito.

“Contudo, há indícios que poderemos ver uma melhora na margem no conflito nos próximos dias, uma vez que aparentemente Moscou não pretende intensificar sua campanha militar e os EUA e Europa estão encontrado soluções para a crise iniciada com as sansões e embargos”, analisa o economista.

Rob Correa, analista de investimentos CNPI, também cita um sentimento de “esperança do fim da guerra” entre investidores nesta quarta, com “as falas do presidente da Ucrânia indicando uma possível desistência de entrar na OTAN e uma rendição à Rússia”.

Apesar da queda desta quarta, a cotação do petróleo ainda acumula uma alta de cerca de 17% desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, no dia 24 de fevereiro. A alta tem impulsionado ações de petroleiras e ajudado o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, assim como outros avanços de commodities puxados pelo conflito no leste europeu. Mas esse avanço, por outro lado, também tem gerado preocupações sobre a inflação global e a consequente estagnação da economia.

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